24.8 C
Vila Viçosa
Terça-feira, Abril 16, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Abusos Sexuais: Arcebispo de Évora admite indemnizações e assume “dívida de humanização à vítima”!

O arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, a propósito dos alegados abusos sexuais na Igreja, adiantou que os seus responsáveis têm “uma dívida de humanização” com as vítimas, referindo-se também a eventuais indemnizações.

Conforme avança a Ecclesia Agência, o Arcebispo de Évora destacou “O centro da nossa preocupação é a vítima. Ao ser o centro, entendemos que aquele sofrimento vivido é irreparável, de certo modo. São danos que atingem a profundidade da pessoa. Quando digo que é irreparável, digo que temos uma dívida de humanização à vítima, aos direitos da criança, aos direitos da pessoa humana”.

No que diz respeito à questão da indemnização é “um tema que é contornável ou contornado muitas vezes”, por ter “um sentido técnico, específico”, na dimensão jurídica, na qual “a responsabilidade é pessoal” acrescentando ainda “Aquele que foi o agressor deve pagar a indemnização. Imaginemos que não pode pagar: penso que deve ser a Igreja, se for um eclesiástico ou um funcionário seu. Também se pode concluir que a instituição teve responsabilidade, ou seja, foi colocada uma pessoa que já se sabia que tinha o problema, que foi uma reincidência com o conhecimento do bispo, há uma circunstância que podia ter sido evitável, não houve formação, houve uma imaturidade conhecida”.

D. Francisco Senra Coelho adiantou ainda “A Igreja assumiu toda a sua dimensão de compromisso com a vítima”, procurando apoiar “a todos os níveis: psicológico, psiquiátrico, acompanhamento espiritual, a dimensão moral da pessoa” e “Todos os bispos estão disponíveis para receber pessoalmente e conversar com as vítimas, e ao mesmo sentimos a necessidade de apoiar e ajudar as pessoas que percebem que fizeram sofrer muito os outros: os agressores têm de ter o seu acompanhamento próprio. Porventura não tivemos sempre uma linguagem feliz na comunicação, mas estes conteúdos estão assumidos há muito tempo, desde o princípio”.

Leia a entrevista em Ecclesia

Populares