10.9 C
Vila Viçosa
Quinta-feira, Março 28, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

“Acho que vamos ficar todos diferentes depois disto. Não nos podermos agarrar às pessoas é o que faz mais falta”, diz Cecília Teixeira (c/som)

A poucas horas do fim do ano, a Rádio Campanário esteve a falar com alguns eborenses para saber onde vão festejar as entradas no novo ano 2022.

Cecília Teixeira é gestora e enquanto passeia pelo coração da cidade com o seu marido Francisco Hamard, que exerce a profissão de tradutor, revelam onde vão comemorar o fim do ano.

A conversa começou por se fazer um balanço deste ano 2021, em que ambos referiram ter sido “difícil que parece que parou o tempo, não vivemos o que devíamos ter vivido e queremos retomar depressa, mas com cuidado, não temos outra hipótese”.

 

Com o relógio a contar as horas para as doze badaladas, Francisco revela o destino onde vão comemorar o novo ano “provavelmente em casa” ao que Cecília acrescenta “temos dois miúdos por isso também não queremos que eles andem por aí, por isso vai ser em casa”.

Cecília menciona que vão optar por realizar testes antigénios para a Covid-19 por segurança “ainda ontem fizemos um teste para entrar no hotel. Vamos optar por fazer teste porque a minha mãe deve ir lá para casa. Temos que a proteger que é mais velha”, diz Cecília.

 

Este é o segundo ano em que a passagem de ano é comemorada com restrições, mas para o casal este não é um entrave “agora já estamos mais habituados a esta vida, acho que vamos continuar um bocado no mesmo ramo”, refere Francisco. No entanto, a gestora adianta que não vão fazer planos para o futuro “embora já tenhamos pensado em fazer umas viagens em 2022, não vamos arriscar, até ver como vai ser a evolução da situação pandémica”.

 

Apesar de mais um ano atípico, Cecília e Francisco recordam os anos em que o ambiente que se fazia sentir nesta altura do ano, era de liberdade e convívio “íamos para a rua, íamos para festas, podíamos agarrar toda a gente, não tem nada a ver”, diz a gestora. No entanto, agora a precaução é fundamental, “éramos muitos mais em casa, agora pensamos sempre antes de convidar alguém”, completa o tradutor.

 

Mesmo que acostumados às restrições, existe sempre a saudade de afetos, segundo Cecília “acho que vamos ficar todos diferentes depois disto. Os afetos, não nos podermos agarrar às pessoas é o que faz mais falta. É da exteriorização dos afetos que não podemos fazer”.

 

Se este ano fosse igual aos outros, sem o Covid-19, o casal expõe os seus desejos de uma passagem de ano perfeita “juntávamos mais amigos, porque estamos com muita sede de amigos, por isso juntávamos um ganda festão no meio da rua onde quer que fosse”, refere a gestora.

 

Mesmo com medidas restritivas, há tradições que não se podem deixar passar na meia-noite “nós tocamos alguns instrumentos e vamos para a janela feitos malucos fazer barulho”, aponta Cecília.

Populares