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Terça-feira, Março 19, 2024

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Agricultores do Sul contra “desmantelamento” da direção-geral de veterinária

Foto: Hóteis de Campo

A Associação de Agricultores do Sul (ACOS), em nota, “vem manifestar publicamente o total desacordo com a decisão do Governo” de repartição as competências na matéria de saúde e bem-estar animal, entre o Ministério da Agricultura e o Ministério do Ambiente.

“A ACOS, no âmbito das suas actividades, designadamente a sanidade animal, a conservação e o melhoramento de raças, o apoio técnico, a formação profissional em matérias de transporte e bem-estar animal, a comercialização de animais, entre outras, tem, desde longa data, mantido uma colaboração estreita com a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), com benefícios assinaláveis para a produção animal, sempre no respeito da legislação nacional e comunitária”, refere.

A ACOS afirma que “a entidade responsável pela sanidade animal nacional não pode ser esvaziada de competências em matérias que lhe estão diretamente associadas, como é o caso da proteção e do bem-estar animal, seja dos animais de produção, seja dos animais de companhia. Bem-estar e saúde animal, e consequentemente a saúde pública, são indissociáveis”.

Questionam ainda que “estranho é que, num momento em que se fala cada vez mais da importância de termos uma abordagem holística de “Uma Só Saúde” (“One Health”), enquanto desígnio mundial, se decida, em Portugal, apartar a tutela dos animais de companhia da dos animais de produção. Esta tomada de posição, de natureza puramente política, a ser concretizada, não faz qualquer sentido e vem totalmente ao arrepio das directrizes internacionais, da legislação comunitária e da adequada gestão dos recursos públicos”.

Reforçam ainda que “a saúde animal necessita de um organismo técnico e independente como a DGAV no Ministério da Agricultura, que centralize o conjunto de competências que já detém, mas que disponha dos recursos suficientes, humanos materiais e financeiros, para uma actuação consentânea com a sua missão e com a legislação em vigor”.

Por fim, os agricultores referem que “com um organismo fortemente capacitado e empenhado no desenvolvimento da agricultura e da produção animal nacionais, ganhamos todos em matérias de protecção e bem-estar animal, de garantia da segurança alimentar e de saúde pública. A soberania alimentar nacional e o bem-estar animal dependem de uma organização desta natureza, forte, competente, actuante e imune a arremessos de natureza político-partidária”.

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