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Sábado, Abril 20, 2024

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Agricultura intensiva destrói sítios arqueológicos por “ausências de regulamentação” na atividade agrícola, diz Ana Paula Amendoeira (c/som)

Se por um lado o desenvolvimento e intensificação da agricultura trás benefícios para o Alentejo, por outro pode danificar ou mesmo destruir o património arqueológico escondido no solo alentejano.

Ana Paula Amendoeira, Diretora Regional de Cultura do Alentejo, que falava em exclusivo à Rádio Campanário alertou que a intensificação da agricultura tem criado “problemas” a esta entidade, particularmente devido à “ausência de regulamentação” da atividade agrícola.

Apesar de ser “uma dinâmica importantíssima e uma atividade económica de sustentabilidade da região”, a intensificação da atividade de agrícola tem “outros problemas”, motivo pelo qual a diretora afirma que vai ter “muito trabalho” em conjunto com entidades como a Direção Geral de Agricultura, as Comunidades Intermunicipais (CIM) ou a empresa gestora do empreendimento de Alqueva, a EDIA.

A responsável refere que a Direção Regional de Cultura está a “articular essas questões de forma muito colaborativa e solidária” com as entidades referidas, que têm vindo a promover a “sensibilização dos agricultores”.

Ana Paula Amendoeira apela à “boa vontade” de todas as partes, desejando que “a agricultura se continue a fazer, e que por outro lado não sejam destruídos os sítios de património arqueológico com a vertigem que têm sido nos últimos tempos”.

Recorde-se que em outubro do passado ano, a Direção Regional de Cultura alertou para a destruição do património no solo alentejano, onde foram destruídas “duas dezenas de sítios arqueológicos que estão devidamente assinalados no PDM de Beja” devido à movimentação das terras para a criação de terrenos agrícolas intensivos.

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