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Quinta-feira, Março 28, 2024

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AHRESP revela faturação em Outubro com quebras de 60% na Restauração e 90% no Alojamento

A AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal – divulgou os resultados do inquérito mensal, relativo ao mês de outubro, sobre a atividade turística em Portugal.

De acordo com a AHRESP, os resultados do inquérito “confirmam o desespero das empresas e demonstram enormes dificuldades em conseguir manter os negócios e os postos de trabalho, caso não surjam apoios imediatos”, salientando que “a insolvência e os despedimentos são inevitáveis”.

Segundo os dados do inquérito de outubro da AHRESP, no setor da restauração e bebidas, 41% das empresas ponderam avançar para insolvência, dado que as receitas realizadas e previstas não permitirão suportar todos os encargos que decorrem do normal funcionamento da sua atividade. De acordo as empresas inquiridas, a faturação do mês de outubro foi devastadora, com mais de 43% das empresas a registarem quebras homólogas de faturação acima dos 60%. Como consequência da fraca faturação cerca de 14% das empresas não conseguiram efetuar o pagamento dos salários em outubro e 11% só o fez parcialmente.

Com esta realidade, 47% das empresas do setor da restauração e bebidas já efetuaram despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 27% reduziram o quadro de pessoal entre 25% e 50%, e 14% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo. Cerca de 23% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

Já no setor do Alojamento Turístico, 23% das empresas não registaram qualquer ocupação no mês de outubro e 30% indicou uma ocupação máxima de 10%. Para o mês de novembro, cerca de 50% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero, e mais de 24% das empresas perspetivam uma ocupação máxima de 10%. Para os meses de dezembro e janeiro a estimativa de ocupação zero agrava-se, sendo referida por mais de 57% das empresas. Para as empresas inquiridas, a faturação do mês de outubro foi devastadora, com mais de 36% das empresas a registarem quebras homólogas de faturação acima dos 90%.

Com estas perdas, cerca de 19% das empresas ponderam avançar para insolvência por não conseguirem suportar todos os normais encargos da sua atividade.

Como consequência da forte redução de faturação, cerca de 21% das empresas não conseguiram efetuar o pagamento dos salários em outubro e 9% só o fez parcialmente.

Com esta realidade, 27% das empresas de Alojamento Turístico já efetuaram despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 24% reduziram o quadro de pessoal entre 25% e 50%, e cerca de 30% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo. Mais de 15% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

A AHRESP considera que, com as novas restrições em grande parte do território português, “o funcionamento das atividades económicas será necessariamente agravado, sendo por isso ainda mais urgente a disponibilização de medidas para estes setores”.

“Exemplo desse agravamento são os dados publicados pelo INE referentes ao 3º trimestre de 2020 (período normal de maior empregabilidade), revelando que a restauração e o alojamento perderam 49.200 postos de trabalho face ao mesmo período de 2019”, refere a AHRESP.

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