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Sábado, Abril 20, 2024

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Alentejo e Norte unidos por projeto que junta turismo, sustentabilidade e economia circular

A Serra do Monfurado e Cabrela, no Alentejo, assim como a Serra do Alvão, no Norte, passaram a estar ligadas por um projeto que junta o turismo à sustentabilidade e à economia circular, e que visa o reconhecimento destes territórios como exemplos de boas práticas de turismo responsável.

De acordo com a informação disponível na página oficial da Publituris, o projeto SECTUR – Sustentabilidade e Economia Circular no Turismo, nascido no final de outubro, tem como objetivo a “sensibilização para a importância da implementação de medidas e ações concretas que visem a sustentabilidade dos destinos” e, numa primeira fase, abrange os municípios de Vila Real, Vila Pouca de Aguiar, Mondim de Basto e Ribeira de Pena, no Norte do país, bem como os concelhos alentejanos de Montemor-o-Novo, Alcácer do Sal, Viana do Alentejo e Évora, no Alentejo.

Com este projeto o que se pretende, antes de mais, é a sensibilização para a importância da implementação de medidas e ações concretas que visem a sustentabilidade dos destinos em causa, seja ela económica, ambiental ou social”, explica ao Publituris, Sandra Teixeira, diretora da VERde NOVO, empresa que, conjuntamente com a MARCA – Associação de Desenvolvimento Local, é responsável pelo desenvolvimento do projeto, cujo financiamento é garantido pelo Fundo Ambiental.

Numa fase inicial, acrescenta a responsável, o SECTUR procurou “conhecer quem está no terreno e a fazer o quê e quais os ativos e recursos existentes e de que forma estes estão a ser usados”, nomeadamente ao nível do turismo, de forma a que fosse possível proceder à “ativação inicial de comunidades práticas de partilha de experiências e conhecimento com vista à adoção das medidas e ações referidas, quer a nível individual, quer ao nível coletivo”. E

O SECTUR está direcionado para territórios rurais e de valor natural reconhecido, já que, revela a diretora da VERde NOVO, o projeto resulta de um desafio que foi colocado à empresa pela MARCA – Associação de Desenvolvimento, com a qual já tinha existido uma colaboração no passado, no âmbito do projeto de turismo criativo Creatour, que “consistia em estruturar um projeto focado nas temáticas da sustentabilidade e economia circular nos territórios em que cada uma das entidades tem desenvolvido a sua atividade, partilhando metodologias, instrumentos e estratégias”.

Foi desta forma que foi escolhida a Rede Natura 2000, onde os territórios da Serra do Alvão e do Monfurado, assim como a Cabrela, estavam integradas.
Segundo Sandra Teixeira, além de tornar estes destinos mais responsáveis e sustentáveis, o projeto deverá também trazer vantagens para a afirmação turística dos territórios abrangidos, até porque, como refere, já “é reconhecida a tendência crescente na procura por destinos e ofertas turísticas que se apresentem como sustentáveis, responsáveis e éticos”.

Ao abrigo do SECTUR, foram realizadas ações de capacitação para empresários, autarquias e outras entidades públicas, que tiveram lugar no Norte e também no Alentejo, a 11 e 19 de novembro, e vai ainda ser lançado um manual de apoio à implementação de estratégias e práticas de sustentabilidade e economia circular no turismo, assim como um guia informativo sobre ofertas e agentes dos territórios que corporizam boas práticas a este nível, ferramentas que vão ser apresentadas e divulgadas até ao final do ano e que deverão servir de suporte, “tanto do lado da oferta como da procura turística”.

Apesar de se ter focado nos territórios da Serra do Alvão, no Norte do país, assim como na Serra do Monfurado e na Cabrela, ambos no Alentejo, Sandra Teixeira vê condições para que o SECTUR venha a ser estendido para outros destinos, até porque “a forma como o SECTUR foi pensado permite uma rápida e fácil adaptação a qualquer território que pretenda estudar, organizar e estruturar práticas de sustentabilidade e economia circular nos seus sistemas turísticos”, explica.

 

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