O ICNF promoveu, através da sua direção regional do Alentejo (DRCNF), uma reunião recente, com várias partes interessadas para discutir o desenho e implementação de um plano de emergência, dirigido às populações de águia-caçadeira ou tartaranhão-caçador (Circus pygargus).
De acordo com a informação avançda na sua página oficial de facebook, o encontro, organizado em colaboração com o CIBIO permitiu discutir a gestão do habitat, proteção de ninhos e crias e a realização de um censo nacional.
A campanha de salvamento coordenada pelo ICNF/DRCNF Alentejo, no Campo Branco, durante o verão, demonstrou que a quase totalidade dos ninhos são inviáveis. Registou-se uma produtividade média de apenas 0.6 crias voadoras por ninho.
O trabalho de campo realizado no Alentejo, com o objetivo de prospetar áreas de reprodução da águia-caçadeira, evidenciou uma redução muito substancial da sua área de distribuição.
A campanha realizada pela Palombar, no nordeste transmontano, obteve valores semelhantes, potencial indicador de que a espécie se encontra em acentuado declínio.
A ação no Alentejo surgiu na sequência do projeto “Searas de Trigo com Biodiversidade: salvemos a Águia-caçadeira”, coordenado pelo CIBIO, numa parceria entre este, a ANPOC – Associação Nacional de Produtores de Cereais e o Clube de Produtores do Continente.
A mais recente reunião teve a participação da DRAPAL, GPP, Associações de Agricultores e Produtores de Cereais, ONGA, assim como investigadores especializados na espécie, do @REC/ CSIC, dirigentes da Junta de Extremadura, e do centro AMUS, um centro de recuperação de fauna desta região.
