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Quinta-feira, Abril 18, 2024

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Alentejo produziu mais de 819 mil hectolitros de azeite numa campanha histórica em 2018

Numa campanha marcada pelas condições climatéricas desfavoráveis pelo decréscimo das principais superfícies agrícolas cultivadas com culturas temporárias e por quebras generalizadas das produções, saldou-se uma produção de azeite superior a 1 milhão de hectolitros.

Segundo o relatório de estatísticas agrícolas relativo ao no de 2018, do Instituto nacional de Estatística (INE), os destaques vão para “a produção de laranja que atingiu o nível mais elevado desde 1986 e, pelo segundo ano consecutivo, para a produção de azeite acima de 1 milhão de hectolitros”.

O ano agrícola caracterizou-se meteorologicamente “por um outono quente e extremamente seco a que sucedeu um inverno igualmente seco mas frio”, o que marcou a campanha agrícola do ano anterior, sobretudo porque “dificultou a instalação das culturas, quer de outono/inverno, quer de primavera/verão, com consequências na diminuição das áreas cultivadas”.

Contudo, em 2018 foram produzidos 1,1 milhões de hectolitros de azeite (1,5 milhões de hectolitros em 2017). Não obstante o decréscimo verificado face à campanha precedente, a ocorrência de duas campanhas consecutivas com produções acima de 1 milhão de hectolitros é uma situação pouco comum. Analisando os cem anos de dados estatísticos, esta ocorrência apenas se tinha verificado nos anos de 1956 e 1957, o que reforça a importância crescente que esta cultura tem vindo a alcançar ao longo da última década, explica o INE.

A produção de azeite no Alentejo superou as 551 toneladas produzidas em mais de 184 mil hectares de olival. Do total da produção nacional (mais de 1,1 milhões de hectolitros), o Alentejo produziu mais de 819 mil hectolitros, significando isto que cerca de 75% desta campanha é proveniente de olivais alentejanos.

Como na maioria das culturas permanentes, “a maturação da azeitona atrasou-se mais de um mês face à campanha anterior. A carga de frutos foi muito heterogénea nos olivais tradicionais de sequeiro (ano de contrassafra), tendo-se observado, após a ocorrência de precipitação em outubro, um aumento generalizado do calibre da azeitona”.

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