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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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“Alqueva não se pode estender a todas as barragens do país”, diz Ministro da Agricultura (c/som)

O sistema de Alqueva garante o abastecimento a cerca de 16 barragens intermédias, ligadas ao seu sistema. Contudo, existem no Alentejo muitas barragens que apresentam baixo nível de água, cuja ligação não se encontra prevista no Programa Nacional de Regadios.

Em declarações à Rádio Campanário, Luís Capoulas Santos, Ministro da Agricultura, afirma que “Alqueva não se pode estender a todas as barragens do país”.

O sistema apenas se pode estender às barragens intermédias determinadas, tendo capacidade “para resistir a 4 ou 5 anos consecutivos de seca, sem que haja interrupção no fornecimento”.

“É impossível fazer essa ligação a todas elas”, declara, quando questionado sobre soluções de abastecimento para barragens como a de Veiros, que se encontra atualmente com 10% da sua capacidade e sem possibilidade de abastecimento, encontrando-se as campanhas de 2018 em risco de não serem iniciadas caso não seja registada nenhuma pluviosidade nos próximos meses. Para tais casos, o ministro aponta a necessidade de “encontrar formas de gestão dos perímetros de rega, compatíveis com as disponibilidades hídricas”.

O novo plano contempla o alargamento às barragens do Monte da Rocha e da Vigia, mas “não está previsto a Veiros, como não está previsto a muitas outras barragens”, aponta, afirmando que “gostaríamos muito que um dia fosse possível que todas as barragens estivessem ligadas a um mega sistema”.

O Programa Nacional de Regadios lançado na passada sexta-feira, dia 2 de fevereiro, contempla novos regadios para o país, num investimento total de 534 milhões de euros. Destes, 210 milhões de euros destinam-se ao alargamento em 50 mil hectares do perímetro de rega do Alqueva.

Mais acrescenta, que no presente ano será aberto “um concurso ao qual se poderão candidatar associações de agricultores” para a construção de barragens e alargamento de perímetros de rega.

O objetivo do projeto é a criação de “condições para a fixação da população e criação de riqueza”.

Capoulas Santos recorda que à data da construção da Barragem de Alqueva, houve quem defendesse que “em alternativa” deviam ser construídas várias barragens independentes de menor dimensão, o que defende que “teria sido a pior opção possível porque todas essas barragens estariam hoje sem água”.

 

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