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Ambulâncias mais bem equipadas evitariam “muitas mortes” por enfarte

Foto: Ambulâncias© Mário Cruz/Lusa

Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar pedem equipamentos que permitem detetar enfartes “nos primeiros 15 minutos, como ditam os referenciais internacionais”.

A Associação Nacional de Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (ANTEPH) alertou este domingo, dia 14 de fevereiro, que “mais de 90% das ambulâncias não têm equipamentos” para detetar precocemente um enfarte, algo que ajudaria a evitar muitas mortes.

Face a esta realidade está o facto de que, das mais de 4.300 mortes anuais por enfarte agudo do miocárdio, o INEM apenas assume conseguir encaminhar menos de 700 casos. É pouco mais de 10% das situações de enfarte que conseguem ser encaminhadas a tempo de serem salvas”, referiu a ANTEPH em comunicado.

Segundo os profissionais, “muitas mortes poderiam ser evitadas” se os técnicos tivessem equipamentos que permitissem detetar enfartes “nos primeiros 15 minutos, como ditam os referenciais internacionais”.

“Há técnicos formados com protocolos de dor torácica, com cursos avançados de emergências cardíacas, mas que depois não têm equipamentos nem fármacos para poder atuar. Há milhares de mortes que poderiam ser evitadas”, conclui o comunicado da ANTEPH.

Num comunicado divulgado no sábado, a propósito do Dia Nacional do Doente Coronário, que hoje se assinala, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) adiantou que em 2020 encaminhou para os hospitais, através da Via Verde Coronária, 696 casos de enfarte (mais 27 do que em 2019), 80% dos quais homens.

“Em 72,4% dos casos [de 2020], decorreram menos de duas horas entre o início dos sinais e sintomas e o contacto com o INEM, feito através do 112, enquanto em 22,4% dos casos o processo foi efetuado entre as duas e as 12 horas de evolução da sintomatologia. Já em 5% dos casos, decorreram mais de 12 horas de evolução dos sinais e sintomas até à ativação dos serviços de emergência médica e posterior encaminhamento hospitalar”, precisou o instituto em comunicado.

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