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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Amendoal intensivo destrói sítios arqueológicos no Alentejo. DRCA apresenta queixa

A Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlentejo) apresentou no DIAP – Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora mais uma queixa crime por afetação de Património Arqueológico na região. A denuncia foi feita referente à Herdade da Negaça, situada no concelho de Évora, Freguesia de Torre de Coelheiros.

Segundo comunica a DRCAlentejo, “Trabalhos agrícolas, ripagens profundas e valas para condutas de rega, inerentes à plantação de amendoal intensivo, no Monte da Negaça, afetaram os sítios arqueológicos de Vale Diogo do Campo e da Serra de Espinheira 4, ambos associados ao povoamento rural do período romano.”

Essas observações foram aferidas conforme as conclusões das prospeções arqueológicas realizadas no local, na sequência de indicações da Direção Regional de Cultura do Alentejo.

Esta Direção Regional determinou em maio de 2020, a realização prévia das prospeções com vista a aferir as áreas arqueológicas a condicionar no âmbito da plantação.

Esses trabalhos arqueológicos, realizados por arqueólogo contratado pelo promotor da plantação, vieram indevidamente a ter lugar já após realizadas as movimentações de terras e instalação do sistema de rega, pelo que observaram as afetações já consumadas.  “

Esta é mais uma das muitas denuncias feitas por destruição de Património no Alentejo que já levaram arqueólogos a pedir alterações legislativas para travar a destruição de património por trabalhos agrícolas no Alentejo. Leia aqui mais sobre o assunto.

Dado não terem sido cumpridos pelo proprietário da Herdade os termos fixados pela DRCAlentejo, entre outras entidades, para a salvaguarda do património em questão, verificando-se a sua destruição, o processo segue agora os trâmites legais para apuramento de eventual responsabilidade criminal e civil.   

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