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Ano de 2021 regista o menor número de incêndios desde 2011!

O ano de 2021 regista o menor número de incêndios desde 2011 e o segundo menor da década no que diz respeito à área ardida, de acordo com os dados provisórios até 15 de outubro.

De acordo com a noyta de imprensa enviada à nossa redação, segundo os dados do Sistema de Gestão de Informação dos Incêndios Florestais (SGIF), em 2021 registaram-se 7.610 incêndios rurais – o menor número de incêndios rurais no mesmo intervalo de tempo desde 2011 e uma redução de 54% face à média anual da década (16.644).

Os 7.610 incêndios resultaram em 27.118 hectares de área ardida, correspondendo a menos 79% de área ardida relativamente à média anual (128.976 hectares) do período 2011-2021 entre janeiro e 15 de outubro, sendo este o segundo melhor ano da década neste aspeto. A área de povoamentos ardida em 2021 é a mais baixa desde 2011, registo que também se verifica na área agrícola ardida. Já a área de matos ardida em 2021 é a segunda mais baixa da década.

Os resultados destes dois indicadores confirmam a tendência de redução registada nos últimos quatros anos:

– 7.610 incêndios em 2021; 9.182 em 2020; 10.528 em 2019; 11.450 incêndios em 2018.

– 27.118 hectares de área ardida em 2021; 65.823 em 2020; 41.850 em 2019; 44.078 em 2018.

Entre 2018 e 2021 registaram-se assim 4 dos 5 anos melhores anos da década no que diz respeito ao número de ocorrências e também no que concerne ao total de área ardida.

Quanto à dimensão dos incêndios rurais registados em 2021, importa salientar que 83% tiveram uma área ardida inferior a 1 hectare, registando-se 30 ocorrências com uma área ardida igual ou superior a 100 hectares – e apenas dois com área ardida igual ou superior a 1.000 hectares. 

Já a percentagem de incêndios dominados no ataque inicial (primeiros 90 minutos da ocorrência) situa-se neste momento acima dos 92%, indicador que demonstra a adequação do DECIR e o trabalho de todos os agentes de proteção civil envolvidos no combate aos incêndios rurais.

Recorde-se que, em face das previsões meteorológicas, que continuam favoráveis à ocorrência e desenvolvimento de incêndios rurais, o Ministro da Administração Interna prorrogou, até 31 de outubro, o dispositivo terrestre de combate a Incêndios Rurais nos Corpos de Bombeiros, de modo a assegurar a manutenção de um dispositivo de resposta adequado ao risco de incêndio rural, constituído por 3.933 bombeiros, correspondendo a 798 equipas, apoiados por 848 veículos, que complementam o dispositivo permanente terrestre e os 41 meios aéreos que se mantêm ao serviço até ao final de outubro.

As alterações estruturais na prevenção e combate a incêndios rurais, aprovadas em outubro de 2017, têm vindo a ser progressivamente implementadas. Em paralelo, não menos relevante, sublinha-se o empenho dos portugueses na adoção de comportamentos sistémicos e preventivos no que aos incêndios rurais diz respeito. 

Os dados agora conhecidos, precisamente 4 anos volvidos dos trágicos incêndios que assolaram a região centro do país em 2017, ilustram o esforço desenvolvido por todos, e os resultados que têm vindo a ser alcançados.

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