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Quinta-feira, Março 28, 2024

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Anta-Capela de Nª Sra. do Livramento, em Montemor-o-Novo, é um dos pontos de visita da nova Rota do Megalitismo (C/SOM E FOTOS)

Foi apresentada esta sexta-feira, dia 3 de julho, a Rota do Megalitismo, lançada pela Entidade Regional do Turismo do Alentejo e Ribatejo. Uma das apresentações decorreu junto à Anta-Capela de Nossa Senhora do Livramento, em São Brissos, concelho de Montemor-o-Novo, um dos pontos de visita deste novo percurso.

Em declarações à Rádio Campanário, o Presidente da Entidade Regional do Turismo do Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva, referiu que “criámos estas Rotas do Megalitismo, que envolvem todo o território do Alentejo e da Lezíria [do Tejo], que estão estruturadas no sentido de serem rotas de três e de sete dias, quer para B2B e para B2C, ou seja, quer para o operador turístico vender e pode ter grupos, agora mais reduzidos, que gostem das questões do turismo cultural e que queiram associar até várias das rotas e fazer rotas de três ou sete dias com esses turistas, internacionais também, quer para o consumidor de forma individual, que tem acesso através dos meios digitais e que pode vir com a sua família e com o seu transporte e visitar tranquilamente, com este ar puro fantástico, esta Anta que tem características extraordinárias, até porque é um monumento que depois teve uma utilização pelo cristianismo, ou seja, não há apenas aqui referencias ao megalitismo, pois ela é própria é inter-religiosa nas suas fações”.

“Há uma grande diferença do ponto de vista turístico entre um recurso e um produto. Esta anta é de facto um recurso turístico fantástico, como as centenas de locais identificados na área do megalitismo. É acessível, qualquer turista pode vir aqui visitar, mas não seria um produto se não se tivesse estruturada em rota, se não fosse fruível pelo turista e se não fosse vendável pelos operadores turísticos. Foi isso que nós fizemos”, frisou Ceia da Silva.

O presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo disse ainda que a entidade “não pode parar” e que “os monumentos são complexos para os empresários, sabendo que passam por inúmeras dificuldades. Esta questão da COVID-19 afetou claramente a procura turística e nós temos de procurar continuar a trabalhar, a dar animo e estímulo, mas também a criar produtos, a falar do Alentejo e Ribatejo, no sentido de captar turistas”.

Hortênsia Menino, presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, mostrou-se “naturalmente agradada” com a inclusão do concelho e “do nosso património” nesta rota criada pelo Turismo do Alentejo e Ribatejo e enalteceu que é “um reconhecimento dessa mais valia do nosso património local e é uma oportunidade para que os turistas possam visitar o nosso concelho e possam aqui permanecer por mais algum tempo”.

A Anta-Capela em São Brissos é um momento de interesse público, mas está situada em terreno particular. O facto de não ser considerada Património Nacional, pode condicionar as visitas. Questionada com este entrave, Hortênsia Menino admitiu que pode “ter essa condicionante”, mas informou que “iremos avaliar, também com a Entidade Regional do Turismo do Alentejo e Ribatejo, a possibilidade de fazer essa classificação. Há requisitos técnicos que têm de ser cumpridos e avaliados”.

A autarca reconhece ainda que “os proprietários [do terreno onde está situada a anta] têm sido bastante compreensivos e reconhecem a importância que o próprio monumento tem, e têm sempre facilitado todo o acesso às visitas”.

Integrada no projeto “Rotas do Touring Cultural do Alentejo e Ribatejo”, os percursos transportam os turistas e visitantes até aos diversos locais onde se encontram dissemelhantes menires, cromeleques ou dolmens que têm despertado o interesse de investigadores, arqueólogos e curiosos. Juntamente com a Bretanha, o Alentejo e Ribatejo são as regiões com maior densidade e variedade de vestígios e monumentos megalíticos. 

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