A vespa-velutina ou vespa-asiática, como pode ser denominada por ser uma espécie nativa do Sudoeste Asiático, já havia sido detetada nos distritos de Beja em anos anteriores. A espécie invasora tem vindo agora a ser detetada no Alto Alentejo.
João Américo Silva, técnico do ICNF e responsável pelo projeto SOS Vespa na região, afirma à RC que existem casos confirmados de presença da vespa-asiática, nos concelhos de Gavião e Nisa.
Na região têm surgido alguns contactos de avistamentos, nos concelhos de Grândola e Arraiolos, mas “ainda têm que ser confirmados”, aponta.
Os casos confirmados “têm acompanhamento por parte das associações de apicultores, o INCF, a GNR por parte do SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente), e a proteção civil dos municípios, que estão todos em sintonia”, sendo que em Gavião “foi tirado o ninho pela proteção civil” e em Nisa “os apicultores têm atuado” na retirada de ninhos e descoberta destes quando há um avistamento de vespas.
Sendo “carnívoras, alimentam se de abelhas, carne e peixe”, tornando-se mais perigosas que as outras vespas, porque “atuam em grupo”, destaca.
A espécie entrou no país pela região norte, oriundo de Espanha e anteriormente de França, encontrando em Portugal as condições climatéricas para o seu desenvolvimento e rápida reprodução, preferindo zonas húmidas.
A Plataforma SOS-Vespa visa apoiar a identificação e o controlo da Vespa velutina em Portugal. Através da georreferenciação online dos ninhos desta praga, o site disponibilizado pelo WEBSIG contribui para a comunicação entre os técnicos de Proteção Civil Municipal, a população e a Administração, bem como, para a tomada de decisão.