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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Arcebispo de Évora caracteriza como dramática falta de apoio às instituições solidárias

Em declarações à Rádio Campanário, o Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, revelou que na sua opinião, o estado não tinha vocação para determinados problemas tais como, a ternura, o afeto e o carinho, dando o exemplo dos idosos, das crianças e de pessoas com deficiência.

Segundo o Arcebispo de Évora, “quando é necessário carinho e ternura, entra a família”, esta que se organiza localmente com “criatividade” e “coragem”, faz das suas instituições sociais de solidariedade, sendo por isso mesmo denominadas como Instituições Particulares de Solidariedade Social.

Para D. Francisco Senra Coelho, o estado não deve assumir um olhar totalitarista, sendo que, deve assumir “um sentido de responsabilidade de ajudar as famílias e as suas iniciativas associativas”, de fazer com que aqueles que precisam de carinho, de amor, de afago, tenham de facto essa proximidade, de que apenas a família é capaz de oferecer. “O estado o que faz é distribuir o que nós lhe entregámos com os nossos impostos, é restituir às famílias com critério e competência aquilo que a família lhe entregou”.

Na sua perspetiva, caracteriza como dramático o momento atual, após ter sido presidente durante vários anos de uma instituição, onde acompanhou com experiência própria este trabalho e teve a perceção do que através da segurança social chegava como apoio e comparticipação, o arcebispo de Évora refere que lhe era fornecido apoio que possibilitava a prestação de um serviço de dignidade.

Os apoios que rondavam os 50% da despesa de um idoso, com o aumento do custo de vida, viram este valor ser reduzido para 35%, sendo que muitas instituições “vivem situações por vezes nada confortantes, mas dramáticas”, já que os seus orçamentos apresentam saldo negativo o que é indicador do perigo de não prestar um serviço de qualidade, podendo entrar em rutura colocando em causa vários postos de trabalho, visto que estas intuições, são uma das grandes empregadoras do país.

O arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho finaliza frisando que este tema não é um tema onde se deva facilitar devendo ser encarado com coragem pelos responsáveis do setor do governo e ao mesmo tempo a nível regional, para que não existam situações de rutura grave, que resultarão na destruição da família e por consequência da sociedade.

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