O Governo anunciou recentemente que até 2022, o Alentejo terá um aumento da área de regadio em cerca de 51 500 hectares, assim como intervenções noutros 15 mil hectares.
Em declarações à Rádio Campanário, Francisco Mateus, presidente da CVRA (Comissão Vitivinícola Regional Alentejana), afirma que este investimento do Ministério da Agricultura “torna a região mais produtiva e capaz de gerar mais riqueza”.
Embora a vinha suja como uma cultura com baixo consumo de água, é necessária uma correta gestão da água nos terrenos, “para produzir vinhos de qualidade”.
O dirigente da CVRA afirma que o aumento da área de vinha “é uma trajetória que a CVRA assumiu desde 2016”, tendo vindo a emitir “recomendações relativamente à área de vinha que considera que representa um nível de crescimento sustentado para o Alentejo”, tendo sido estas de 100 hectares em 2016, e de 800 hectares em 2017 e em 2018.
Entre 2015 e 2018, aponta, “foram emitidas autorizações para cerca de 3 mil hectares”, que representam um aumento da área de vinha no Alentejo na ordem dos 12,5%, prevendo-se um igual aumento da produção.
O aumento sustentado da área de vinha e consequentemente da produção, garante que esta “vá para o mercado (…) com preços competitivos e que gerem riqueza para as empresas” da região.