Foi ontem apresentado em Estremoz o projeto de investigação CAETZ- Carta Arqueológica de Estremoz.
O Professor André Carneiro, da Universidade de Évora, coordenador do projeto esteve presente e em declarações à Rádio Campanário explicou-nos o que se pretende para as ruínas romanas de santa Vitória, até agora vedadas e sem possibilidade de serem visitadas, um alteração que a Autarquia de Estremoz pretende concretizar já em março de 2024, uma vez que está previsto para julho de 2023 o início das escavações no local.
André Carneiro, em declarações à Rádio Campanário referiu-nos “Santa Vitória é Monumento Nacional com uma categoria importante mas há décadas abandonado” acrescentando contudo que “a competência de gestão deste espaço, no âmbito da transferência de competências passou para o município e a autarquia tem um projeto para este espaço, com duas vertentes.”
O Coordenador do CAETZ- Projeto de Investigação da Carta Arqueológica de Estremoz explica que uma das vertentes pretende “que se conheça o sítio Santa Vitória à sua época , a sua importância na área da Arqueologia” realçando que é pretendido que “ Santa Vitória seja uma âncora para a freguesia.”
Santa Vitória , acrescentou ainda o Professor universitário “é um sítio de referência internacional devido aos mosaicos romanos mas as pessoas chegam ao local e não vêm nada porque está vedado.”
Segundo a estratégia delineada pelo Município de Estremoz e conforme nos explicou André Carneiro “a ideia será recuperar Santa Vitória , investir na escavação arqueológica e permitir que as pessoas descubram o muito que há em Santa Vitória.”
A villa romana de Santa Vitória do Ameixial terá sido construída no contexto da Romanização da Península Ibérica, estando inserida na província da Lusitânia, cuja capital se situava em Mérida (Emerita Augusta).
A villa terá tido uma primeira ocupação no séc. I, c.
