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Terça-feira, Abril 16, 2024

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Assembleia da República aprova várias audições sobre destruição de vestígios arqueológicos no Alentejo

Foi hoje aprovado na assembleia da República um requerimento do Bloco de Esquerda (BE) para ouvir especialistas em Arqueologia, sindicato e associações do setor, sobre “situações de abandono e destruição” de vestígios arqueológicos no Alentejo.

O requerimento, aprovado por unanimidade e com a ausência do CDS-PP na comissão parlamentar de Cultura e Comunicação, prevê a audição urgente, a agendar na próxima semana, dos professores Vítor Gonçalves, Ana Catarina Sousa (Universidade de Lisboa) e Leonor Rocha (Universidade de Évora), dos arqueólogos Samuel Melro (Direção-Geral de Cultura do Alentejo) e Miguel Serra (câmara municipal de Serpa), do Sindicato dos Arqueólogos, da Associação de Arqueólogos Portugueses e da Associação Pró-Évora.

De acordo com a notícia avançada pelo Porto Canal, em causa está uma situação “de abandono e de destruição de numerosos vestígios arqueológicos, de diferentes tipologias e períodos, na região do Alentejo”, que ocorre “há anos” e que “tem assumido dimensões preocupantes e completamente fora do controlo, nos tempos atuais, devido à propagação da agricultura monocultural intensiva na região”, lê-se no requerimento do BE. O partido sublinha ainda “o mais relevante é a clara desvalorização do valor do património, que deveria ser inquestionável de ‘per si’, mas também como forma de diversificar a atividade económica, dados as consequências evidentes de concentrar numa única a atividade económica”.

Recorde-se que já em outubro, os deputados já tinham aprovado um outro requerimento, apresentado pelos bloquistas, de audição da diretora regional da Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, sobre o mesmo assunto. A destruição de uma anta numa herdade perto de Évora, alegadamente por causa da plantação de um amendoal intensivo, está a ser investigada pelo Ministério Público, revelou à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR), depois de a direção regional ter apresentado queixa-crime.

Um movimento de cidadãos, designado Chão Nosso, também denunciou recentemente a destruição de uma outra anta, no concelho de Mora (Évora), e danos provocados num sítio arqueológico no concelho de Beja, devido a trabalhos agrícolas.

 

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