Na sessão da Assembleia Municipal de Cuba, realizada recentemente, foram aprovadas diversas moções, entre elas está uma sobre o encerramento das extensões de saúde no concelho.
No documento, a Assembleia Municipal demonstra a sua indignação pelo facto das “Extensões de Saúde do Concelho de Cuba terem encerrado no passado dia 16 de março de 2020 e continuarem ainda fechadas”.
Na moção refere que “numa fase inicial, compreendemos que o fecho destas Extensões de Saúde tenha sido um mal necessário associado ao Estado de Emergência pela pandemia Covid-19, nomeadamente pela falta de profissionais de saúde e pela necessidade de se reorganizar os serviços e recursos. Contudo, após o levantamento do estado de emergência, vimos demonstrar a nossa indignação pela não devolução de um serviço fundamental aos nossos fregueses, sem que durante este período de mais de três meses tenha sido realizada qualquer reorganização de recursos, nem qualquer adaptação das condições existentes nas estruturas destas extensões, para as quais os presidentes de junta estariam disponíveis para colaborar ativamente”.
Segundo refere a moção da Assembleia Municipal, “num momento em que Portugal e o mundo enfrentam uma pandemia, é ainda mais importante garantir o funcionamento adequado das Extensões de Saúde, para evitar deslocações desnecessárias e prolongadas dos utentes, bem como a aglomeração destes utentes num único Centro de Saúde. Sabemos que a autarquia já questionou a ULSBA sobre esta decisão tomada “de forma unilateral”, e que até à presente data continua sem ter uma resposta às suas preocupações, nem sequer uma data para a reabertura destas extensões”.
“Para estas populações, a existência de números de telefone da Saúde 24 ou endereços de correio eletrónico são simplesmente respostas desadequadas, visto que muitos não possuem a literacia ou o equipamento (telemóvel e/ou internet) que lhes permita aceder a estes serviços.
A Assembleia Municipal de Cuba considera inaceitável, que após o levantamento do estado de emergência, as Extensões de Saúde continuem encerradas e exigem a sua reabertura como forma de proteção de direitos fundamentais aos mais vulneráveis”.
