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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Beja: Agricultura do Campo Branco ameaçada por aumento dos combustíveis

Devido ao aumento dos combustíveis e dos materiais e produtos utilizados pelas empresas do setor agrícola, estão a ser causados muitos problemas à lavoura do Campo Branco, no distrito de Beja, com muitos agricultores areferirem que a situação está a tornar-se “insustentável”, segundo avançou o notícias ao minuto

Segundo os agricultores, da área que abrange os concelhos alentejanos de Castro Verde e Almodôvar e parte dos municípios de Aljustrel, Mértola e Ourique, os custos de produção do setor agrícola têm “disparado” de forma “exorbitante” nos últimos meses.
“Temos aumentos na ordem dos 215% nalguns adubos e noutros de 250%”, frisou o agricultor Carlos Sequeira, de 48 anos.

Carlos Sequeira tem a sua exploração, em Castro Verde, na freguesia de Santa Bárbara de Padrões, e para além dos preços dos adubos refere também que o preço da farinha para os animais de produção subiu “35 a 40%”, enquanto o preço do gasóleo agrícola aumentou “na ordem dos 65%. Estamos a falar do setor primário e isto vai-se repercutir em muita coisa”, destacando que o preço dos produtos “na prateleira do supermercado terá de subir substancialmente”.

Em Aljustrel o cenário é idêntico, Rui Saturnino tem a sua exploração no Monte dos Poços, junto à antiga estação ferroviária de Carregueiro, e refere que “já há muito que o aumento dos fatores de produção é muito superior ao aumento da venda de animais ou cereais”, mas, “nestes últimos meses, tem sido uma coisa que nos deixa praticamente sem margem”.

No cultivo de sementeiras de outono/inverno, o agrícultor refere que teve de optar por não “de colocar os adubos” e “os nutrientes necessários” em algumas áreas do terreno, com a consciência de que “depois a colheita não será tão boa”, mas, “se não cortar em algum lado, não consigo manter a exploração”.

Para o agricultor, “tudo isto junto vai contribuindo para que se torne insustentável”, pelo menos naquela zona, e refere ainda que “muita gente abandonará” a agricultura “se não houver um travão na subida dos preços”.

No Campo Branco, predomina a pecuária extensiva e a produção de cereais em sequeiro, sendo que estas são atividades menos rentáveis do que a agricultura de regadio.

Fonte: NM

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