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Beja: Militar da Força Aérea que, embriagado, atropelou mortalmente um ciclista, apanha pena suspensa

O Tribunal de Beja condenou o militar da Força Aérea (FAP) que, alcoolizado, atropelou mortalmente um ciclista a 3 anos e 6 meses crime de homicídio por negligência grosseira e a 1 ano e 4 meses pelo crime de omissão de auxílio, que em cúmulo jurídico resultou na pena única de 4 anos suspensa pelo mesmo período.

De acordo com o Lidador Notícias, Filipe Alves, primeiro-sargento da FAP, terá ainda de pagar durante um ano 1.000 euros ao Centro de Recuperação de Alcoitão e à pena acessória de dois anos de inibição de conduzir veículos automóveis. A família da vítima foi indemnizada pela seguradora, num valor que o Lidador não conseguiu apurar.

O juiz Pedro Alexandre “deixou cair” o crime de condução perigosa, por embriaguez. Durante a leitura da sentença o magistrado justificou que “a suspensão da pena não é uma absolvição”, concluiu.

À porta do Tribunal de Beja, o pai da vítima mortal, desabafou que “uma vida humana, a do um filho, vale quatro anos de prisão com pena suspensa”.
O advogado do militar Paulo Sternberg, sustentou que “o tribunal julga quem está cá, não quem partiu e encontrou uma moldura enquadrada e coerente”, concluiu.

Os factos ocorreram na tarde de 29 de junho de 2018, quando Filipe Alves, na altura dos factos em serviço na Base Aérea (BA) 11, sediada em Beja, atropelou mortalmente Jorge Martinho, de 52 anos, quando deixava a Base Aérea (BA) 11, sediada em Beja, alcoolizado ao volante do seu automóvel.

Abandonou a vítima no chão sem prestar assistência vindo a ser detido pela GNR quando procurava refugiu no interior da unidade. Sujeito ao teste de alcoolemia, acusou uma taxa de álcool no sangue /TAS), de 1,701 g/l.

Na sequência de um processo instaurado pela Força Aérea, ao abrigo do Regulamento de Disciplina Militar (RDM), o militar foi punido com 30 dias de prisão disciplinar, medida que cumpriu no interior das instalações da BA 11.

Agora num processo de inquérito interno que vai correr depois da sentença transitar em julgado o Tribunal comunicar a pena à Força Aérea, o militar agora em serviço na Base Aérea Nº5, no Montijo, pode vir a ser expulso.

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