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Beja – Projeto Humanamente @tivos renovado apoio pela Fundação Calouste Gulbenkian

Noticias Gulbenkian

O projeto Humanamente @tivos “Um Tablet para combater a solidão”, uma aposta nos afetos em tempos de pademia, para combater a solidão, através da competência tecnológica dos idosos de Beja, viu renovado o apoio da Fundação Caloute Gulbenkian.

Face ao grande sucesso deste projeto, que tem como parceiros locais a Associação Alémemória e a Câmara Municipal de Beja, a Fundação Calouste Gulbenkian renovou o seu apoio este ano, mantendo-se a intervenção nos mesmos moldes. O projeto atua na área das Uniões de Freguesias da cidade de Beja e nas freguesias rurais de Cabeça Gorda, Nossa Senhora das Neves e Santa Clara de Louredo

Trata-se de um projeto de proximidade que assenta em visitas regulares de uma terapeuta aos idosos, que através de um tablet os vai mantendo próximos dos familiares ausentes.

Um projeto financiado pela Fundação Gulbenkian e pelo Instituto da Segurança Social, que trouxe a estes idosos, pela primeira vez, um acompanhamento personalizado de uma terapeuta. Ela passou a ser também o precioso elo de ligação entre os familiares e a equipa de profissionais que garante o funcionamento do projeto.

Sara Lopes, a terapeuta deste projecto,  sublinha “a ligação emocional e humana” e os “momentos de grande afeto, carinho, e proximidade” que estabeleceu com todos os utentes que permitiram ultrapassar alguma resistência inicial motivada pela presença de uma desconhecida em suas casas. Uma vez alcançada a confiança, deu-se “uma importante participação de todos neste projeto”, congratula-se Sara.

O projeto da Cáritas de Beja foi uma das 69 iniciativas sociais apoiadas, em tempos de pandemia, pela iniciativa Gulbenkian Cuida, para responder às necessidades de quem, subitamente, se viu fechado em casa, privado de contactos familiares e sociais, sem poder usufruir dos locais de apoio e de convívio habituais, neste caso, nas instalações da Cáritas de Beja. Era, de facto, um cenário propício para o eclodir de manifestações de ansiedade, depressão e agravamento da demência que alguns deles já apresentavam.

Para fazer face a esta situação, no âmbito da primeira fase deste projeto, de maio a dezembro de 2020, foram realizadas 448 visitas domiciliárias e mais de 225 atividades de terapia ocupacional, motora e sensorial, junto de três dezenas de idosos do concelho, entre os 74 e os 89 anos. Toda a logística assentou numa equipa multidisciplinar composta por uma investigadora social com funções de direção técnica, uma terapeuta ocupacional, um psicólogo clínico e um coordenador geral com formação em animação sociocultural e em Desenvolvimento Comunitário e Empreendedorismo. A estes elementos somaram-se cinco técnicos na área dos cuidados geriátricos, que se deslocaram diariamente a casa dos idosos para prestar cuidados básicos de higiene e de alimentação.

 O projeto introduziu-os ao “admirável mundo novo” tecnológico, e o tablet passou a constituir para muitos, como um recurso indispensável para realizar exercícios e também para efetuar videochamadas para os familiares. Para a grande maioria foi um processo muito desafiante, as novas tecnologias constituíam uma novidade absoluta, mas os receios foram-se esbatendo à medida que iam aprendendo a utilizar o tablet e a aceder, de forma autónoma, a diferentes conteúdos e exercícios disponibilizados numa plataforma. Além das competências tecnológicas, foram igualmente trabalhadas competências pessoais como a motivação, o espírito empreendedor e a resiliência à frustração.

In Notícias Gulbenkian

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