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Bombeiros de Évora alertam para dificuldades no transporte de doentes

O Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora alertou hoje que as corporações estão com dificuldades face ao excesso de doentes com Covid-19 transportados de lares e à demora na sua admissão no hospital.

“A questão da covid-19 e da Urgência” do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) “está difícil”, porque a unidade “está cheia, tem dificuldades em receber os doentes”, disse Inácio Esperança.

O responsável revelou que, face a estas complicações, “há várias corporações que têm ambulâncias, com doentes, paradas durante horas” no exterior do hospital.

Como a RC noticiou ontem, uma situação semelhante ocorreu com os Bombeiros de Mourão que vieram a pública dizer que devido à rutura da urgência Covid no Hospital  Évora, as ambulâncias da associação estiveram retidas com utentes dentro das mesmas por mais de 3 horas.

Contudo, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora reconheceu também que o aumento do número de doentes com covid-19 “é uma questão global, pelo país”, não acontece “só em Évora”, nem está apenas ligada aos hospitais.

“Estamos a assistir a um pandemónio nacional e o sistema é que está globalmente a falhar, tudo isto é uma cadeia”, frisou segundo a Lusa.

Segundo Inácio Esperança, “o problema não pode ser só o HESE, nem os bombeiros”, porque “o problema também são as estruturas residenciais para idosos (ERPI) e os lares, que despejam as pessoas no hospital”, adiantando que “o grande problema é a falha a montante, nos lares, não é a jusante, nos hospitais. Não há pessoas para cuidar dos velhotes nos lares”, criticou.

O Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora avisa que, “o pior ainda está por vir”, porque as infeções provocadas pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 “vão aumentar”, Inácio Esperança apelou “às instituições do distrito de Évora e regionais”, mas também ao Ministério da Saúde, para criarem, “a curto prazo, um plano para tentar resolver a questão, não só a montante, como a jusante”.

“As entidades têm de olhar para este problema como um todo e não pensarem que o problema é apenas dos outros, dos bombeiros ou do hospital. Tem que se criar um plano para resolver isto, porque ainda não se atingiu o pico” de infeções, alertou.

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