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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Borba: No fim da Procissão das Velas “os utentes dizem ´obrigadinho` e nós sabemos que é de coração,” diz Ana Batista da Aldeia Social (c/som e fotos)

Os utentes da Aldeia Social da Santa Casa da Misericórdia de Borba acompanharam hoje a imagem de Nossa Senhora de Fátima, na Procissão das Velas. Após dois anos de pandemia, onde se viram mais isolados e quase sem nenhum contacto, hoje foi possível reunir famílias num momento de fé e devoção.

A Rádio Campanário esteve presente nesta procissão que assinala o Mês de Maria e falou com Ana Batista em representação da Santa Casa de Borba, que começou por referir que este é um momento com um significado diferente ainda que “nós por regularidade rezamos o terço, nós temos eucaristias, mas depois não temos a possibilidade de levar todos e com frequência às iniciativas religiosas que existem nas redondezas.”

Para poder manter estes atos de fé “decidimos criar a nossa, porque aqui na nossa aldeia tentamos recriar aquilo que outras pessoas vão viver ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, ou mesmo nas igrejas aqui da região.”

Ana Batista considera que “este apoio religioso e este conforto é lhes estão importantes como outro serviço qualquer. Há que manter a espiritualidade e há que acolher a fé para que as dificuldades e as coisas menos boas sejam ultrapassadas de uma forma mais fácil.”

Esta recriação é também uma forma de aproximar estes idosos àquilo que outrora era a sua realidade. “ As procissões são coisas que todos viviam quando eram novos e nós damos-lhe a possibilidade, mesmo com condições físicas ou até psicológicas um bocadinho mais debilitadas, deles manterem.”

Ana Batista deixou ainda uma palavra de agradecimento a todos os familiares que possibilitaram a participação dos utentes nesta celebração religiosa. “Uma palavra de agradecimento a todos os familiares que tornaram isto possível, porque nós gostávamos que a maioria dos utentes participassem”, contudo, “por muito grande que fosse a adesão dos colaboradores nós não iríamos conseguir levar todos.” Acrescentou ainda que “apelámos às famílias e foi muito bom porque, por um lado, eles têm mais um momento de convívio com as suas famílias e, por outro, possibilita que todos possam participar.”

Os idosos foram quem mais sofreram ao longo da pandemia. Como tal, Ana Batista referiu que “depois destes tempos mais conturbados todos tinham uma palavra a agradecer e todos têm um pedido a fazer” a Nossa Senhora.

Questionada acerca do número de utentes que participaram na procissão das Velas, Ana Batista referiu que “nós não fizemos uma contabilização exata, mas eu penso que na ordem dos 100 utentes,” acrescentando que atualmente no Lar “são cerca de 130 utentes”.

Depois de terminar esta procissão que já é uma tradição na Aldeia Social, os utentes mostram-se agradecidos por lhe terem proporcionado este tipo de momentos. “Eles dizem obrigadinho e isto é suficiente, porque se eles dizem isto espontaneamente nós sabemos que é sentido, que é de coração.”

Em conclusão, Ana Batista referiu que “se todo o ano é importante manter e cultivar a fé, nesta época, exatamente no 13 de maio, é muito importante e acho que é fundamental assinalar.”

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