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Câmara de Portalegre vai ceder casas a médicos que queiram trabalhar no distrito

A Câmara Municipal de Portalegre, com o apoio da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), vai ceder gratuitamente 10 habitações a médicos especialistas que queiram fixar-se naquela região alentejana.

Em meados de Setembro, o município de Portalegre e a ULSNA vão assinar um protocolo para que o projeto avance para o terreno, em que ficará estipulado que a autarquia disponibilizará 10 habitações de tipologias T1 e T2.

“Nós temos dificuldades em manter médicos especialistas na região, mesmo depois da medida do Governo em dar alguns incentivos aos médicos em termos de vencimentos, mas o que é verdade é que há concursos e eles ficam desertos”, lamentou a presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira, à comunicação social.

A autarca explicou que a medida, que visa a fixação de médicos em Portalegre, começou a ser desenvolvida no anterior mandato autárquico, tendo agora recebido o “repto” da ULSNA no que diz respeito ao número de habitações a disponibilizar.

João Moura Reis, presidente do conselho de administração da ULSNA, que gere os hospitais de Portalegre e Elvas e 16 centros de saúde nos 15 concelhos que compõem o distrito de Portalegre, considerou que esta é “uma forma” dos médicos se fixarem na região, e “não terem desculpas” para recusar exercer a sua profissão no interior do país.

“O protocolo que vai ser celebrado connosco vai ter um valor de renda simbólico por mês, mas é gratuito desde que a pessoa (médico) fique a exercer a sua profissão por um período de tempo. Caso a pessoa não fique (pelo menos por um período de 3 anos), vai ter que pagar a renda”, esclareceu.

Já a presidente do município, Adelaide Teixeira considera que esta “cláusula” visa criar “um compromisso” entre as partes, uma vez que estão a ser utilizados dinheiros públicos neste projeto.

“Nós queremos que as pessoas [médicos] tenham a noção que está a ser aplicado dinheiro público, que estamos a fazer isto para que elas se mantenham na região. Se saírem das casas antes do tempo estipulado, claro que têm esse direito a sair, mas têm que indemnizar a câmara pelo tempo que estiveram a usufruir do espaço”, sublinhou a autarca.

O presidente do conselho de administração da ULSNA, acredita que esta medida que visa “atrair” médicos para o interior do país “é mais uma que pode vir a dar resultados” a curto prazo, acrescentando que “pode dar resultado. Este tipo de atrativos faz a diferença muitas das vezes”.

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