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Carlos Pinto de Sá quer negociações entre as duas maiorias elegíveis para liderar CIMAC (c/som)

As reuniões para eleição do novo presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), têm vindo a ser adiadas, como noticiado pela Rádio Campanário.

Carlos Pinto de Sá (CDU), Presidente da Câmara Municipal de Évora, município do distrito com maior número de eleitores, é por isso Presidente Interino da CIMAC desde 1 de outubro de 2017 e até à eleição do novo presidente da entidade.

Em declarações à Rádio Campanário afirma que “o nosso problema não é apenas o presidente, é o funcionamento global da CIMAC”, avançando que as partes envolvidas se encontram, “neste momento, numa fase de negociação”.

A lei atualmente em vigor “exige duas maiorias em simultâneo”, não apenas para determinar a força política que indicará o presidente da CIMAC, assim como “de um conjunto de outras representações da CIMAC e até das deliberações” da entidade, nomeadamente projetos e orçamentos.

“Há necessidade de uma solução global que resolva todos os problemas da CIMAC”, estando a decorrer negociações com todas as partes, visando ir ao encontro dos “interesses de todos”.

Recorde-se que, a legislação 75/2013 define que o presidente da CIMAC é votado pelo partido com mais representantes e com o maior número de eleitores. Contudo, ambas as situações se encontram comtempladas na atual constituição da CIMAC, com os socialistas a terem conquistado mais autarquias (6) nas eleições do dia 1 de outubro e os comunistas a reunirem o maior número de eleitores.

Na sua interpretação da lei, o autarca considera “que o legislador quer que as maiorias se entendam, negoceiem, e não que uma prevaleça sobre a outra”.

De um total de catorze concelhos do distrito, três são liderados por movimentos independentes, seis pelo Partido Socialista (PS) e cinco pela CDU. Atualmente, “a única maioria que existe é detida pela CDU”, uma vez que apresenta o maior número de eleitores. “Para haver o maior número de câmaras são necessárias oito câmaras”, explica.

Neste sentido, e questionado sobre o papel decisivo dos movimentos independentes, afirma que tal como o PS e a CDU, também estes “têm que fazer parte da solução”, apontando que a mesma requer “que de parte a parte sejam estendidas pontes”.

“Não vou negociar na praça pública”, declara quando inquirido sobre eventuais propostas da CDU, remetendo as mesmas para “onde devem ser feitas”.

Esta terça-feira, dia 21 de novembro, a CIMAC realizou uma reunião, que contou com a presença de representantes das catorze câmaras do distrito, tendo ficado então marcada “uma reunião para a próxima semana”, visando dar seguimento às negociações.

Questionado relativamente à participação dos movimentos independentes na reunião, e se estes se mostraram a favor ou contra algum dos partidos, declara que “todos se manifestaram a favor de uma solução negociada e comum”.

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