Questionado especificamente sobre o que se pode fazer face à necessidade de receber mais emigrantes,  e de forma a viabilizar da melhor maneira esse desígnio, Ceia da Silva começou por referir que antes de mais tem que ser feito um estudo que não pode envolver só a CCDRA, mas sobretudo as comunidades intermunicipais, já que, segundo afirma Ceia da Silva, "ninguém conhece melhor o terreno do que os autarcas". 

O Presidente da CCDRA apontou como exemplo o caso de Ponte de Sor que, no contexto da Agenda Mobilizadora, vai ter uma fábrica para a construção de aviões de 25 lugares, situação para a qual irá haver a necessidade de 250 Engenheiros qualificados.

Ainda no enquadramento das Agendas Mobilizadoras, Ceia da Silva referenciou o 1º lugar de Sines e o 6º lugar de Grândola, alcançados entre todos entre os concelhos do País, números que mostram o contrário do que muitas vezes se pensa em relação ao Alentejo "o Alentejo tem capacidade empresarial e é capaz de dar o pulo em termos de dinâmicas empresariais", sublinha Ceia da Silva.

Na verdade, "muitos concelhos conseguiram ter sucesso", continua Ceia da Silva, "nestas agendas mobilizadoras", lembrando ainda a questão dos contratos que se podem fazer na área social até 15 de setembro, aspeto a ter em conta e em relação ao qual Ceia da Silva deixou o apelo às Instituições de Solidariedade Social "no próximo Quadro Comunitário PT 2030 vai haver apoio para a componente de sustentabilidade e eficiência energética na área social, mas a construção de novos lares não vai ser elegível,  pois a Comissão Europeia é contra a institucionalização das pessoas, pelo que a construção de novos equipamentos, que ainda são extremamente necessários, é uma oportunidade de candidatar agora ao PRR até dia 15 de setembro", alertou o Presidente da CCDRA.