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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Cerca de 30 manifestantes exigem a reposição dos serviços de saúde nas freguesias rurais no distrito de Évora

Imagem Ilustrativa

Cerca de 30 pessoas concentraram-se hoje junto às instalações da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, em Évora, para exigir a reposição dos serviços de saúde nas freguesias rurais, encerrados em março devido à COVID-19.

Organizado pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) do distrito de Évora, o protesto realizou-se no Largo do Jardim do Paraíso, na cidade alentejana, onde se situa o edifício sede da ARS do Alentejo.

“Os serviços de saúde nas freguesias rurais, um pouco por todo o distrito, ainda não têm médico de família e, em muitos dos casos, nem serviços administrativos”, alertou a porta-voz do MUSP do distrito de Évora, Lina Maltez, em declarações à Agência Lusa.

Todos com máscaras, os manifestantes, empunhando uma faixa e cartazes, aprovaram um manifesto com as exigências, o qual foi entregue, no final do protesto, que durou quase uma hora, nas instalações da ARS do Alentejo.

“Falta de médicos: ARS Alentejo sabe e não resolve”, “Áreas rurais são discriminadas”, “Escoural sem médico” e “ARS do Alentejo não trata todos por igual” eram algumas das frases que se podiam ler nos cartazes.

Segundo a porta-voz do MUSP de Évora, no início da pandemia da COVID-19, em março, “reduziram os serviços, retiraram o médico das freguesias e os serviços administrativos, em muitos casos, passaram a ser assegurados pelas juntas de freguesia”.

Dada a atual fase de desconfinamento, “deviam ser repostos os serviços médicos e administrativos nas freguesias”, defendeu, considerando que “os utentes não podem ficar eternamente com consultas por telefone”.

Advertindo que há utentes idosos com doenças crónicas cuja “situação não fica resolvida com consultas por telefone”, Lina Maltez assinalou que “há freguesias que estão bastante longe da sede de concelho”, que os transportes públicos “não têm horário” e que o táxi “fica muito caro”.

A responsável disse que “as juntas estão a encaminhar os pedidos” dos utentes para o centro de saúde da sede de concelho e, posteriormente, “recebem de volta o receituário ou a baixa para os fazerem chegar aos utentes”.

“O trabalho não pode continuar a passar pelas juntas de freguesia. Não têm sequer competência, porque é dos serviços de saúde, nem os conhecimentos técnicos, nem se pode estar a sobrecarregar os serviços com estas tarefas que são morosas e complexas do ponto de vista técnico”, referiu.

As câmaras municipais de Évora e de Montemor-o-Novo já apelaram à “urgente” reabertura das extensões de saúde das freguesias rurais, encerradas em março devido à pandemia de COVID-19, dada a atual fase de desconfinamento.

Fonte: Agência Lusa

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