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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Chuvas de março fazem ruir muro da fortaleza de Juromenha. Autarca nega abandono do monumento. (c/som e fotos)

Segundo a Rádio Campanário (RC) conseguiu apurar, a precipitação intensa que se fez sentir durante o mês de março, fez ruir parte da fortificação de Juromenha. Os danos provocados neste monumento resultaram essencialmente da acumulação de água, conforme corroborado pelo presidente do Município de Alandroal em declarações à RC.

A RC questionou o presidente da Câmara Municipal de Alandroal, João Grilo, sobre a derrocada de parte da muralha da Fortaleza de Juromenha que confirmou que estas “aconteceram já há algum tempo”, quando “o mau tempo foi mais intenso” resultando em “derrocadas na zona setecentista e na zona mais interior, medieval”. Segundo o autarca, estas derrocadas resultaram da “acumulação de águas” e “da fortaleza estar em situação de alguma instabilidade e a precisar de intervenção”. Uma situação para a qual Câmara, em colaboração com as entidades regionais e nacionais, está a tomar providências, garante o autarca.

João Grilo explicou à RC que na altura das derrocadas, há cerca de dois meses, “a Câmara Municipal fez imediatamente um relatório das derrocadas, que enviou para Direção Regional de Cultura”, que o terá feito “chegar também às entidades competentes em Lisboa”. Garantindo que, ao contrário do que estaria a ser noticiado, “não houve, de facto, nenhuma derrocada nova este fim-de-semana” em Juromenha.

O autarca explicou ainda à RC que “estamos a falar de derrocadas localizadas” e de “dimensão relativamente diminuta, no contexto da fortaleza”, excluindo assim o perigo de derrocada iminente, mas que “merecem toda a atenção e todo o cuidado”.

Por outro lado, João Grilo sublinha que “até hoje, infelizmente a Câmara Municipal nunca tinha tomado uma posição séria e concreta em relação à Fortaleza”, sendo que o seu executivo, está atualmente “a desenvolver os procedimentos para termos um estudo das necessidades de intervenção na fortaleza”, e “ao mesmo tempo, a tentar obter fundos comunitários para intervir na recuperação da Fortaleza”. Sendo que “pela primeira vez, desde que eu me lembre, existe uma estratégia e uma política concertada entre a Câmara Municipal e a Direção Regional de Cultura, a CCDR e o próprio governo” no intuito de “chegarmos a uma solução para Juromenha”.

Acrescentando por isso que “qualquer especulação de que Juromenha está abandono é neste momento absolutamente irreal”. Esclarecendo que “estamos todos a trabalhar, de forma concertada e concreta para que estas situações sejam resolvidas” com o objetivo de que “Juromenha volte a ter a dignidade que merece e que perdeu há muito tempo”.

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