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Cidade Europeia do Vinho faz aumentar enoturismo em Reguengos de Monsaraz (c/som)

No ano de 2015, Reguengos de Monsaraz é a Cidade Europeia do Vinho.

São vários os produtores de vinho oficiais que durante o presente ano, dão a provar os seus néctares nos vários eventos organizados pela Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, que aproveitando o evento, promove a produção vitivinícola do concelho.

A Rádio Campanário foi saber de que forma os produtores estão a aproveitar toda a divulgação inerente às várias iniciativas.

A CARMIM – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz, empresa criada em 1971 por um grupo de 60 viticultores, teve a responsabilidade de “criar o rótulo e criar um vinho que fosse o vinho oficial da Cidade Europeia do Vinho”, como referiu à Rádio Campanário Miguel Feijão, providente da direção da CARMIM.

Juntamente com “outros players do mercado e com entidades da região de Reguengos de Monsaraz da área dos vinhos, mas também do turismo, do comércio e da restauração”, se associou “à sinergia da candidatura”, salientou.

Miguel Feijão afirmou, que apesar das vendas, “não estarem diretamente associadas ao facto de sermos Capital Europeia do Vinho, podemos dizer que tem potenciado o conhecimento das empresas, a interação das empresas com mais clientes, fundamentalmente ao nível do enoturismo, todos nós produtores de Reguengos sentimos que temos sido visitados por mais pessoas por curiosidade”.

No entanto o providente da direção da CARMIM destacou que devido a existir na empresa a matriz social, “em cada garrafa que sai da CARMIM, vinte cêntimos são oferecidos aos Bombeiros de Reguengos de Monsaraz para a compra de uma ambulância”.    

 

Com uma produção de 750 mil garrafas e uma faturação de 1,8 milhões de euros, a Ervideira, localizada em S. Vicente do Pigeiro (Vendinha), desde há algum tempo que vem desenvolvendo o seu enoturismo, “estamos abertos 362 dias por ano e daí que a nossa adega tenha sido um dos contribuintes para que a Cidade Europeia do Vinho tenha vindo para Reguengos”, referiu à Rádio Campanário, Duarte Leal da Costa, diretor da adega.

Duarte Leal da Costa disse que “tem havido alguma divulgação”, desde que Reguengos de Monsaraz é Cidade Europeia do Vinho, “nacional e internacional e há mais visitantes que vêm à procura de conhecer adegas e por isso têm intensificado o crescimento das visitas à adega e às nossas duas Wine Shop em Monsaraz e Évora.    

Questionado sobre se tem havido um maior número de vendas, Duarte da Costa referiu que “se nota mais na área do enoturismo, com um aumento de 20%, mas não tanto nas vendas para exportação ou no mercado nacional”.

Relativamente à próxima campanha, este poderá ser um bom ano de produção, “já estava a fazer falta uma boa produção, porque no ano passado não tivemos uma boa produção e por isso os nossos stocks ficaram em baixo e se este ano se confirmar um aumento de produção será muito bem vindo”, conclui.

 

Para o responsável técnico da Adega José de Sousa, Paulo Amaral, a adega tem uma produção de cerca de 700 toneladas de uvas anuais, a Cidade Europeia do Vinho 2015 tem contribuído “para um aumento de visitantes, mas em termos de vendas e variações não é significativa”, acrescentando, “poderá haver um aumento ligeiro, há uma tendência positiva mas não é significativa”.

 

O enólogo Luís Duarte da Adega Luís Duarte Vinhos, disse à Rádio Campanário que anualmente são produzidas cerca de 700 mil garrafas, o que representa 1 milhão e 800 mil euros, referindo que o seu negócio “está muito estruturado para o exterior, para a exportação”, sentido mais o efeito ao nível de atividades realizadas em Reguengos de Monsaraz, e “naturalmente por consequência pode ter alguma influência, mas na verdade não sinto muito”, salientando que “o negócio vai bem, está em crescimento, mas é mais consequência de ter apostado no mercado externo, não por consequência da Capital Europeia do Vinho ser Reguengos de Monsaraz”.

“Se calhar o mercado externo não tem conhecimento disso”, assinalou.

Na adega Luís Duarte Vinhos, a apanha da uva já começou e “está a correr bem, a uva está boa”, no entanto, “em termos de quantidades ainda é muito cedo, mas o importante é que a qualidade é bastante boa e tudo indica que vai ser um bom ano”.

 

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