O IC33, que liga a autoestrada do Sul (A2) a Santiago do Cacém (Relvas Verdes), vai passar a ter perfil de autoestrada, passando das atuais duas para quatro faixas. A obra será financiada na totalidade pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e terá que ficar concluída durante o primeiro semestre de 2026, anunciou o Ministro das Infraestruturas durante uma reunião com uma delegação da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL).
O ministro Pedro Nuno Santos precisou, no encontro que decorreu na sexta-feira até ao final do dia, que a obra decorrerá em duas fases: a primeira, entre as Relvas Verdes e o Roncão, vai a concurso nos primeiros seis meses do próximo ano, e a segunda, entre o Roncão e a rotunda Grândola Norte, terá o seu processo iniciado entre seis e oito meses depois já, que entre outros aspetos, ainda não foi realizado o respetivo estudo de impacto ambiental.
Outro dos assuntos que os autarcas levaram para a reunião e de que reivindicam a urgente resolução é a reparação do troço do IC1 entre Alcácer do Sal e Palma, perante o qual o ministro se comprometeu a dar indicações à empresa concessionária pública Infraestruturas de Portugal (IP) para que as obras sejam efetuadas com a maior brevidade.
O presidente da CIMAL, Vítor Proença, realça que o mau estada daquele troço da via – os restantes entre Setúbal e Grândola já foram requalificados – exige a sua rápida reparação, atendendo aos enormes riscos de segurança que constituiu para o muito tráfego automóvel que circula naquela estrada, que liga a região de Lisboa ao Alentejo Litoral e ao Algarve e é muito utilizada por veículos pesados de mercadorias.
Ainda no respeitante a rodovias, a delegação da CIMAL levantou a questão da Estrada Nacional 253, entre Alcácer do Sal e a Comporta, que, pelo facto de não ter bermas, constitui um enorme perigo para os muitos veículos que a utilizam, traduzido num elevado número de acidentes. O Ministro Pedro Nuno Santos ficou de estudar uma solução com a IP.
Os presidentes dos Municípios defenderam ainda, no plano rodoviário, a construção de uma via com perfil de autoestrada entre Sines e Odemira, projeto a iniciar num horizonte temporal de oito anos.
Quanto à ferrovia e às ligações para passageiros na região do Litoral Alentejano, os autarcas defenderam a urgência do restabelecimento das ligações interurbanas entre Alcácer do Sal, Grândola, Ermidas-Sado - com ligação ao Ramal de Sines com paragem em Santiago do Cacém - e às restantes estações e apeadeiros da Linha do Sul ao longo do percurso entre Alcácer do Sal e o limite sul do concelho de Odemira. Neste caso, não obtiveram qualquer garantia da parte do Ministro.
Os autarcas da CIMAL mostraram o seu desacordo por no novo Plano Ferroviário Nacional não estar prevista a passagem de comboios de alta velocidade na Linha do Sul, que atravessa o Alentejo Litoral, ao contrário do que sucede atualmente, antes fazendo-se a ligação ao Algarve apenas pelo interior do Alentejo, através de Évora e Beja.
A comitiva que solicitou a reunião ao Ministro das Infraestruturas e Habitação foi constituída pelo presidente da CIMAL e do Município de Alcácer do Sal, Vítor Proença, pela presidente da Assembleia Intermunicipal da CIMAL, Ana Maria Aleixo, e pelos presidentes das câmaras de Grândola, António Figueira Mendes, de Odemira, Hélder Guerreiro, de Santiago do Cacém, Álvaro Bejinha, e de Sines, Nuno Mascarenhas.
26 Mar. 2023 Regional
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