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Terça-feira, Março 19, 2024

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“Com este evento fica demonstrado que Évora é dotada de todas as possibilidades de ter um modelo de mobilidade sustentável”, diz Sec. de Estado da Mobilidade Urbana (c/som)

Hoje e amanhã, dias 3 e 4 de junho, decorre em Évora, na Praça 1º de maio, o Encontro Nacional de Veículos Elétricos – ENVE 2023, organizado pela UVE – Associação de Utilizadores de Veícolos Elétricos.

Trata-se de um evento aberto e gratuito que oferece a oferta comercial existente em Portugal dos mais variados veículos elétricos, desde os ligeiros de passageiros e de mercadorias, aos autocarros elétricos, e aos mais suaves meios de mobilidade como sejam os ciclomotores, motociclos, quadriciclos, bicicletas, bicicletas de carga, trotinetas, etc.

A Rádio Campanário esteve presente e falou com Jorge Delgado, Secretário de Estado da Mobilidade Urbana, sobre o Encontro Nacional de Veículos Elétricos.

Questionado sobre como conseguir uma mobilidade urbana sustentável tendo em conta a discrepância a densidade do território e a população, Jorge Delgado referiu que “As questões não são incompatíveis de forma, nós temos que encontrar soluções múltiplas para situações diferentes. Em Évora, acabamos de ter esta informação, vai ser a primeira cidade do país a ter por exemplo transportes públicos absolutamente descarbonizados. Évora sendo uma área diferente é servida por um comboio elétrico que vai ter a alta velocidade a passar por aqui e, portanto, Évora acaba de ter mais um carregador ultra rápido instalado, portanto, as condições estão instaladas vendo em Évora, desse ponto de vista, que já era de facto um privilégio para quem cá vive, continua a ser, portanto, dotada de todas as possibilidades de ter um modelo de mobilidade sustentável desse ponto de vista.”

Questionado se ainda há muito caminho a percorrer, mesmo com a ajuda das CIM’s, o Secretário de estado refere que “a transformação que foi feita do ponto de vista do regime de autoridade dos transportes foi uma transformação importante porque aproximou o poder de decisão e de planeamento de quem de facto está mais próximo de território, os municípios e por decorrência das CIM’s e portanto, o trabalho que as CIM’s e os municípios têm feito é um trabalho de grande relevo, que não me canso de enaltecer, foi preciso que as CIM’s se convertessem, se adaptassem e se capacitassem para trabalhar estes temas. Há já muito trabalho feito. As coisas não se fazem num dia naturalmente, há passos que se vão dando e estou certo que cada vez mais será mais fácil de resolver o problema que referiu de fazer uma ligação de Vila Viçosa a Lisboa utilizando soluções verdes. Enfim, não conheço a realidade em concreto para poder apontar uma solução mas, a rede de transportes públicos por certo poderá evoluir no sentido de criar soluções que permitam interligar com o comboio ou fazer viagens diretas com redes expresso. O modelo em cada local é diferente e esse em concreto não tenho uma solução para ele mas, o planeamento é cada vez mais ao nível micro-urbano e ao ao nível regional, portanto é esse o caminho que estamos a fazer e é isso que por certo que aos poucos iremos conseguir.”

O Secretário de Estado foi ainda questionado sobre os apoios dados às empresas para a aquisição de veículos elétricos e a falta desses mesmos apoios para particulares, e se já existe alguma informação sobre se a solução de apoios aos particulares pode vira a ser mais rápida, ao qual respondeu que “há aquisição de carros por pessoas particulares, aquilo que tem acontecido é que temos tido um incentivo financiado, não pelo 2020 nem pelo PRR mas antes pelo fundo ambiental, foi determinante no início que entretanto viu as verbas duplicadas, temos cerca de cinco milhões de euros por ano neste momento atribuído a esse tipo de incentivo, reconhecemos muito a importância que ele teve na face inicial e que ainda continua a ter. De qualquer das formas, a verdade é que o mercado do carro elétrico tem evoluído muito, a confiança das pessoas para a aquisição de um carro elétrico pela rede que existe também tem aumentado muito, e portanto as pessoas estão mais disponíveis para fazer a transição olhando para os benefícios sejam ambientais sejam depois a operação do carro dos custos do carregamento versus o combustível. Como eu referi isso faz-nos pensar até que ponto nós conseguimos ter eficácia ou não com esse incentivo, se de facto há uma ligação ou não há uma ligação direta entre o maior número de carros elétricos e esse incentivo ou se essa ligação já não é tão imprescindível como foi no passado. Temos conversado, inclusive com os parceiros como a UVE sobre este tema, a UVE já manifestou a sua preocupação com o fim desse incentivo, nós somos sensíveis aos argumentos, estamos a olhar para isto e ver qualquer das formas que se ele acabasse como é que transformávamos ou até eventualmente o ampliamos para conferir benefícios equivalentes de outra forma, ou seja, ao nível de carregamento seja ao nível de outras formas. Mas enfim, não há um cenário fechado”

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