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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Comissão de Acompanhamento dos Efeitos da Seca diz que “a antecipação no consumo de alimentos conservados, conduz ao comprometimento” da alimentação dos animais no Alentejo

Foto: João Vinagre

Atendendo à situação de seca verificada em Portugal continental, a Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização, e Acompanhamento dos Efeitos da Seca e das Alterações Climáticas determinou que fossem produzidos relatórios quinzenais de monitorização dos fatores meteorológicos e humidade do solo, das atividades agrícolas e dos recursos hídricos. Pretende-se, pois, assegurar uma Monitorização Agrometeorológica e Hidrológica para que os decisores políticos, dotados de informação suficiente sobre a situação de seca no país, possam agir em tempo útil e com rigor a esta situação.

De acordo com o ultimo publicado pela referida comissão, a nível das culturas de cereais outono/inverno no “Alentejo, de uma forma global, as produtividades médias obtidas foram inferiores às registadas no ano anterior, com quebras que variam entre os 10% e os 40%, salientando-se uma maior quebra de produção na área geográfica do Norte Alentejano. No Baixo Alentejo os cereais de sequeiro tiveram quebras de 25 a- 30%;”

Por sua vez no que respeita aos Prados, pastagens permanentes e forragens o relatório do Grupo de Trabalho indica que “face às quebras de produção verificadas nas culturas forrageiras, os efetivos pecuários já consumiram as plantas nas áreas que normalmente seriam reservadas para pastoreio. A grande maioria dos efetivos pecuários estão a ser suplementados com recurso a alimentos conservados e concentrados. A antecipação no consumo de alimentos conservados, aleada à quebra de produção verificada, conduz ao comprometimento das disponibilidades alimentares das explorações pecuárias durante os meses de inverno, altura em que naturalmente se recorre a este tipo de alimentos para suprir as necessidades alimentares dos efetivos. Existe algum atraso na sementeira de culturas forrageiras, particularmente nas que se destinam ao pastoreio direto, o que irá refletir-se num atraso da disponibilidade deste recurso alimentar, que nas presentes condições se reveste da maior importância face ao quadro de carência alimentar que se antevê”.

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