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Quinta-feira, Março 28, 2024

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Comunidades Ciganas vítimas de discriminação no Alentejo!

 

    Em informação avançada pelo DA, Prudêncio Canhoto diz que “a discriminação tem vindo a aumentar no Alentejo, muito por culpa do partido Chega”. O presidente da AMEC (Associação de Mediadores Ciganos de Portugal) afirma.

    O presidente da mesa do conselho geral do Núcleo Distrital de Beja da EAPN/Rede Europeia Anti-Pobreza, João Martins, considera, por sua vez, que “o sentimento de exclusão aumenta” numa “comunidade que observa dificuldades no acesso ao trabalho e à habitação e constata a radicalização de alguns setores no que concerne à defesa de que a subsidiodependência deve ser banida das políticas sociais europeias”.

    A habitação “é um dos maiores problemas da comunidade cigana”. No distrito de Beja “há cada vez mais barracas” no bairro das Pedreiras, para perfazer um total de cerca de 80 barracas e 50 casa T2 nas quais vivem “entre 800 e 900 pessoas”. A “única torneira de água no exterior” abastece “entre 400 e 500 pessoas”.

    Na localidade de Pias, bem como em Moura e Serpa as circunstâncias “vão agravando e se ninguém olhar para isso as coisas vão piorando. O poder central tem de olhar para estas situações e falar com as câmaras para que possam ser resolvidas”.

    Segundo adianta a Planície, o Mapeamento das Comunidades Ciganas do Distrito de Beja, levado a cabo pela AMEC com o apoio do Núcleo Distrital de Beja da EAPN, em julho de 2018, registava 3666 cidadãos ciganos, 2,4% do total de habitantes no território nacional. Comparando com o estudo de 2010 do Centro Distrital de Segurança Ssocial, entre 2010 e 2018 a população cigana aumentou em 79%.

    “Entre as propostas de intervenção mais específicas para a comunidade cigana constava a criação de uma estrutura associativa intermunicipal para dar resposta aos problemas habitacionais; campanhas distritais de sensibilização para combater a discriminação e o racismo, com o envolvimento dos atores sociais; promoção do emprego das comunidades ciganas; apoio ao associativo cigano; e implementação de dois projetos-piloto no distrito, em Beja e Moura, à semelhança do projeto de Luta Contra a Pobreza, com principal foco na habitação e no emprego”, conclui João Martins.

 

 

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