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Concessionária da mina de Aljustrel aumentou produção em 2021!

A empresa Almina – Minas do Alentejo, concessionária da mina de Aljustrel, no distrito de Beja, aumentou a produção de concentrado de minério e o seu volume de negócios em 2021, revelou o presidente da administração.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do conselho de administração da empresa mineira alentejana, Humberto da Costa Leite, reconheceu hoje que 2021 acabou por ser “um ano bom” para a Almina.

A companhia teve um volume de negócios na ordem 222 milhões de euros, “mais 50 a 60 milhões de euros do que em 2020”, e produziu um total de 256 mil toneladas de concentrado de minério, nomeadamente zinco, cobre e chumbo, anunciou.

“O ano passado produzimos mais do que em 2020, apesar de, pela primeira vez desde que aqui estou, não termos ultrapassado o montante de minério extraído. As melhorias operacionais é que fizeram com que produzíssemos mais concentrado”, revelou.

O concentrado de zinco produzido em Aljustrel destina-se, sobretudo, ao mercado europeu, nomeadamente Espanha, Bélgica, Noruega e Finlândia.

Já os concentrados de cobre e chumbo são essencialmente exportados para a China.

Depois do resultado positivo registado em 2021, a administração da Almina disse encarar o presente ano com confiança, mas também com muitas cautelas, devido ao impacto da guerra entre a Rússia e a Ucrânia “nos preços da energia, das matérias-primas e da logística”.

O conflito “está a ter um efeito enorme” na operação, reconheceu Humberto da Costa Leite, adiantando que o crescimento dos custos “tem sido, em parte, compensada pelos aumentos dos preços” dos metais.

“No geral, não digo que as coisas tenham piorado, mas o aumento dos preços não se traduz numa melhoria das nossas margens”, afiançou.

Ainda assim, o presidente da administração da empresa disse esperar que, em 2022, seja possível “manter a mesma produção”, apesar de o grau de incerteza ser “enorme”.

Em matéria de investimentos, a Almina conta ter concluída, “até ao verão”, a empreitada de alteamento da bacia dos rejeitados, “um investimento substancialmente superior a 10 milhões de euros”.

Também o projeto de exploração do novo jazigo do Gavião, em Aljustrel, “está bem encaminhado”, sendo que os trabalhos no local devem avançar “durante o próximo ano”, estimou.

“Trata-se de trabalhos de abertura do jazigo, para depois este entrar em produção”, disse Humberto da Costa Leite.

C/lusa

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