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Sábado, Abril 20, 2024

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“Conheci Vila Viçosa através de um amigo e fiz a promessa de que no meu próximo livro iria falar nela, e cá está ela”, diz João Gonçalves (c/som)

Decorreu hoje, pelas 15:30h, a apresentação do livro “A Porta do Sol” da autoria de João Gonçalves, que teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Vila Viçosa.

O livro, que trata e fala sobre a história de Vila Viçosa, tem também ligações com Setúbal e Marrocos.

A Rádio Campanário marcou presença na apresentação do livro e falou com o autor, João Gonçalves, sobre a sua obra onde, começou por questionar a ligação entre Setúbal, Marrocos e Vila Viçosa, ao qual o autor referiu que “o livro é um triângulo histórico entre Setúbal, Vila Viçosa e Marrocos. Desde que conheci Marrocos, e eu disse em determinada altura da minha intervenção, que Vila Viçosa voltou a trazer-me aquilo que eu mais gostava na vida, que era a liberdade. Eu fui criado em África, em que os espaço era enorme e depois fui para o norte de Portugal, em que o espaço é lindo, é bonito, mas quando cheguei ao Alentejo foi um deslumbre, porque conseguia andar e ver sempre o horizonte à minha frente e, pela primeira vez, me senti em África, com a liberdade toda que eu precisava. Corri o Alentejo durante anos, até que, através de um amigo, o professor António Canhão, conheci Vila Viçosa e, nessa vivência, fiz a promessa de que, no próximo livro que escrevesse, Vila Viçosa ia entrar na história, e assim entrou”.

Questionado se existiria mais alguma obra a ser preparada, João Gonçalves contou-nos que tem escrito “O Silêncio das Palavras”, “falta-lhe fazer uma revisão textual e, em breve, deverei lançá-lo. Este livro é uma história completamente diferente, todos os meus livros são diferentes uns dos outros. Fascina-me muito a cultura dos povos, gostava de conhecer a cultura de todos os povos do mundo, para o poder compreender. Neste caso em concreto “O Silêncio das Palavras”, é uma história que se cruza, com um país chamado Lesoto, que é um enclave da África do Sul e a história passa pelo apartheid, é uma parte amorosa que enfrenta essa parte difícil e injusta do apartheid. Esse livro para além do Alentejo, da sua beleza e também de algumas coisas que sou contra e que se passam neste momento no Alentejo, nomeadamente ao nível climático e ambiental e referir também a fauna e flora, a história vai buscar um pouco de tudo isso. É uma história que eu acho bonita, apesar de ser contra alguns interesses instalados neste momento”.

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