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Construtora TPS quer triplicar faturação para 100 ME e aumentar a presença no Alentejo!

 A empresa de engenharia e construção Teixeira, Pinto & Soares (TPS) prevê quase triplicar a faturação até ao final da década, de 35,6 milhões para 100 milhões de euros, tendo assegurada uma carteira de encomendas superior a 90 milhões.

Segundo avançou à agência Lusa o presidente do Conselho de Administração da construtora de Amarante, que assinalou em abril 25 anos de atividade, a estratégia de crescimento passa por “aumentar a presença no Grande Porto, Grande Lisboa e Alentejo e construir alicerces no Algarve”, a par da “conquista de empreitadas mais exigentes do ponto de vista financeiro”.

De acordo com Bruno Soares, atualmente, o mercado da grande Lisboa e do Alentejo representa perto de 80% do volume de negócios anual da TPS, sendo que, dos recursos humanos afetos a estas zonas, 75% estão ali radicados ou são dali naturais, “o que favorece a capacidade de resposta da empresa e mitiga o impacto da logística nos custos operacionais”.

Neste sentido, disse, a estratégia adotada para a Grande Lisboa “será replicada, a curto prazo, no Algarve, região em que a TPS está especialmente atenta ao mercado da construção particular, que tem aí peculiar expressão”.

Embora tenha mantido sempre um cariz familiar, a TPS diz ter hoje “capacidade para executar as grandes empreitadas de construção civil, alicerçada em recursos humanos próprios qualificados, alianças e parcerias”, dispondo de alvará de classe 9, que permite aceder a empreitadas de valor superior a 16,6 milhões de euros.

Fundada em 1997 por três sócios e batizada com as iniciais dos sobrenomes de cada um deles, a TPS acabou, cerca de dois anos depois, por passar a ser liderada por Fernando da Cunha Soares, um dos fundadores e pai dos dois atuais administradores, Bruno e Pedro Soares.

A empresa ganhou um novo impulso com a entrada dos filhos do fundador, que apostaram na integração vertical de diversas atividades, na diversificação das operações e na internacionalização.

Durante seis anos, entre 2006 e 2011, a TPS colaborou na construção de dezenas de projetos urbanísticos em Espanha e, em 2010, estreou-se nos concursos de obras públicas.

Para além das obras públicas, a TPS inicia por essa altura um período de novo investimento na promoção imobiliária e faz uma incursão no mercado francês, através da aquisição de uma sociedade de direito gaulês – a NIPL Batimênt, uma empresa de construção civil focada na serralharia, eletricidade e hidráulica e que integrou o universo da TPS até 2016.

O ano 2015 marcou a transformação da TPS em sociedade anónima, fixando-se a sua atual designação social – Teixeira, Pinto & Soares, SA – e, no início do ano seguinte, foi criada a delegação de Lisboa, no Parque das Nações, que, face ao crescimento do número e complexidade das empreitadas na zona da capital, acabou por ser transferida para o Parque Industrial Aermigeste, no Cacém, passados seis meses.

Em 2017, a TPS passou a integrar a esfera da Latitude Capital SGPS, constituída para agregar o seu portfólio de empresas no domínio da engenharia e da construção civil e em áreas confinantes, como a promoção imobiliária e os sistemas de climatização.

Assim, para além da TPS, esta ‘holding’ gere as participações sociais das sociedades de promoção imobiliária Década, Debates Cruzados e Terraço Sazonal, para além da Globaltérmica – Instalações Mecânicas, que produz e comercializa soluções globais na área da climatização.

Nos últimos 10 anos, a construtora tem vindo a apostar nesta área, que “exige maior preparação, mais trabalho prévio, cuidados redobrados de orçamentação, mas o reconhecimento também é significativamente diferenciado”, afirmou à Lusa Bruno Soares.

Entre as suas obras de maior relevo nesta área, destaca, em Lisboa, o Convento do Desagravo, com a remodelação da ala nascente para a instalação de uma creche, e o Teatro Luís de Camões, cuja intervenção obteve o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana em 2019 nas categorias ‘Cidade de Lisboa’ e ‘Impacto Social’.

Aponta ainda o Conservatório Nacional de Música e Dança, com a reabilitação das Escolas Artísticas, e a empreitada Gare do Arco do Cego, uma reconversão das edificações que restam da antiga Carris para implementação de um Centro de Ensino/Aprendizagem Multifuncional, denominado Técnico Learning Centre, e de um Posto de Socorro Avançado para o Regimento de Sapadores de Bombeiros.

De referir ainda, em Évora, o Teatro Garcia de Resende e o Palácio D. Manuel.

Também destacadas pela empresa são a reabilitação da Sé Catedral, em Portalegre, e, no Porto, a obra do Cinema da Batalha, que inclui a remodelação da sala principal, da sala ‘Bebé’ e a criação de uma nova sala para cinema.

Já o projeto de valorização, reabilitação e conservação das Termas de São Pedro do Sul venceu o Prémio Nacional da Reabilitação Urbana 2021, na categoria ‘Impacto Social’.

No que se refere às novas empreitadas, a TPS salienta, no Porto, o Hotel Azul, uma unidade hoteleira de quatro estrelas, e o Willa Porto, que apresenta como “a primeira unidade mundial ‘co-living’ de habitações de luxo, com espaços partilhados para combater a solidão da geração sénior”.

Em Coimbra, aponta a construção do MIA-Portugal (Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento), “o primeiro centro de referência no sul da Europa focado no estudo dos processos biológicos do envelhecimento para promover e sustentar o envelhecimento saudável e ativo”, e, em Tabuaço, do Hotel and Winery – Quinta de Santo António, onde a TPS está a construir uma adega com um ‘design’ contemporâneo num edifício que procura integrar-se na paisagem da região.

C/lusa

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