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COVID-19: Após descontaminação, lar de Reguengos de Monsaraz vai ser alvo de ação de limpeza

O lar de Reguengos de Monsaraz onde surgiu o surto de COVID-19 foi alvo de descontaminação geral e, na sexta-feira, decorre uma limpeza e devem arrancar trabalhos de pintura, que se prolongarão por “três a quatro semanas”.

“Com certeza que, dentro de três a quatro dias, devemos ter capacidade para ter uma zona do edifício preparada, com 10, 15 ou 20 camas, mas, depois, vamos continuar porque o lar tem cinco alas, duas no rés-do-chão, duas no primeiro andar e outra num edifício contíguo”, disse hoje o autarca José Calixto.

O presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz estimou, em declarações à Lusa, que “este trabalho todo, se calhar, durará três a quatro semanas”.

A “operação de grande envergadura de descontaminação geral” do edifício do Lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), como noticiou a RC, já foi concretizada, “com total sucesso” no dia de ontem.

A intervenção, “devidamente articulada com as Forças Armadas Portuguesas e com o Ministério da Defesa”, envolveu “33 militares”, pode ler-se no comunicado.

José Calixto explicou que a operação consistiu na “pulverização de todo o espaço através de um processo de atomização com descontaminante”.

“O que os militares fizeram foi pulverizarem e deixarem partículas em suspensão, átomos em suspensão, durante várias horas. Hoje, por volta das 09:00, com o comando militar, fomos vistoriar todo o espaço, abri-lo e arejá-lo para que, esta tarde, uma equipa possa limpar os resíduos do produto utilizado e que é algo gorduroso, nem sequer permite que as pessoas andem por ali, sob risco de escorregarem e caírem”, esclareceu.

Na sexta-feira de manhã decorre outra limpeza mais geral, como preparação do que vai ser a fase seguinte, prevista começar no mesmo dia e que consiste “sobretudo em pinturas e no envernizamento de corrimões, camas ou outros espaços”, para “tornar o mais lavável possível todas as superfícies”, indicou.

Até hoje, “não há formalmente” qualquer utente do lar curado, reconheceu o presidente da câmara, mas a ideia é que, mal os idosos tenham dois testes negativos, possam “começar a voltar para o lar”, de forma progressiva, já com os arranjos efetuados.

José Calixto revelou à Lusa que, na quarta-feira, “no primeiro teste realizado, houve seis” idosos “negativos, dos 56 utentes do lar infetados” que se encontram nas instalações do pavilhão multiusos do parque de feiras e exposições.

“Já começaram a aparecer negativos, um sinal muito grande de esperança, mas só são considerados curados após dois testes”, ressalvou, prevendo que os idosos realizem esse segundo teste “dentro de alguns dias”.

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