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Covid-19: Perfil dos doentes em cuidados intensivos muda. Há menos idosos e mais jovens

Foto: TVI24

A percentagem de doentes Covid-19 a partir dos 80 anos internados em unidades de cuidados intensivos passou de 8,3% em Novembro passado para 2,3% no final de Janeiro, revelam dados da Direção-geral de Saúde (DGS)

Segundo avança o Público, o perfil dos doentes em estado crítico internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) está a mudar, sendo que no último mês, duplicou o número de jovens adultos internados nos hospitais portugueses e houve uma diminuição dos idosos com mais de 80 anos em UCI.

Os doentes com 80 ou mais anos representam agora apenas 2,3% do total. É um fenómeno que precisa de ser estudado, defendem os especialistas ouvidos pelo PÚBLICO, que acreditam que haverá vários fatores que podem estar na base desta alteração de perfil.

Os dados da DGS apontam que em 30 de Novembro passado, a percentagem de doentes em UCI com 80 ou mais anos ascendia a 8,3%, no passado domingo, 31 de Janeiro, essa proporção era de 2,3%, apesar de, considerando todos os internamentos em enfermaria, os mais idosos representarem o grupo mais volumoso.

Em sentido contrário, a percentagem de pacientes em idades mais jovens está a aumentar em todas as faixas etárias, a partir dos 30 até aos 79 anos. Entre os 30 e os 39 anos estavam internados em cuidados intensivos, no passado domingo, 24 doentes, ou seja, 2,77% do total; entre os 40 e os 49, eram 79 (9,1%); cerca de um quinto, eram pessoas entre os 50 e os 59 anos, um terço eram doentes entre os 60 e os 69 anos, e 27,6%, entre os 70 e os 79 anos. São percentagens superiores às que se observavam em 30 de Novembro passado para todas estas faixas etárias.

José Artur Paiva, presidente do colégio da especialidade de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos, diz ao Público que é preciso, “desmistificar a ideia” de que os casos graves de covid-19 só ocorrem em pessoas idosas ou frágeis. Destaca também que, “temos 30% dos internamentos em pessoas com menos de 60 anos e cerca de 12% em pessoas com menos de 50 anos e parte destes grupos não têm patologia significativa.”

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