A região autónoma dos açores possui, em termos dos macro indicadores de comportamentos aditivos e dependências, números muito semelhantes aos que o Alentejo vem revelado.
As questões da interioridade, elevada tolerância aos consumos de álcool, fragilidade socio económica, entre outros, justificam estas similaridades.
Partindo destas premissas o Centro de Respostas Integradas do Alentejo Central tem vindo, desde o ano de 2010, a dinamizar ações de articulação com a Casa do Povo de Santa Barbara da Ilha Terceira na região Açores.
Na cooperação com esta entidade referência na área da prevenção na região açores, têm sido dinamizadas várias ações de capacitação de técnicos, criação e implementação de programas e projetos de promoção de competências socioemocionais, intervenções em contexto escolar, diversão noturna, meio laboral, realização de sessões de informação para os militares da Base Aérea nº 4 das Lajes, produção de materiais e organização de eventos de cariz científico em parceria com outras entidades da comunidade açoriana.
Destaque para o projeto Haja Saúde que, corporizado numa Unidade Móvel, tem vindo, sob a supervisão técnica do CRI do AC, dinamizadas intervenções nos vários festivais das 9 ilhas açorianas.
O estabelecimento de parcerias entre entidades congéneres de regiões periféricas (açores) ou de interior (Alentejo) com atuação em setores essenciais como os da prevenção dos CAD, podem potenciar um melhor aproveitamento de recursos e experiências, maximizando resultados e proporcionando respostas mais adequadas ás problemáticas vividas nestas comunidades.
No sentido de enquadrar e formalizar esta colaboração, foi rubricado um protocolo de cooperação entre a ARSA / CRI / AC e a Casa do Povo de Santa Barbara da ilha Terceira.
Com o objetivo de partilha técnica e de recursos humanos na área da prevenção dos comportamentos aditivos, o presente protocolo recria, na saúde, uma geminação histórica e cultural do território alentejano e açoriano com mais de 30 anos de existência.
É com satisfação que testemunhamos estas dinâmicas de união entre regiões que exploram potencialidades de intervenção e de criação de novas respostas a problemas que condicionam indivíduos e comunidades.
Para breve, prevê-se a construção de um plano de atividades e o acolhimento de técnicos da entidade açoriana.”
