Assinala-se a 6 de outubro o Dia Mundial da Paralisia Cerebral. Esta data tem como objetivo desmistificar alguns preconceitos relacionados com a paralisia cerebral e sensibilizar para a importância do respeito e da inclusão destas pessoas, em prol da melhoria da sua qualidade de vida e em conformidade com os princípios da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
A Rádio Campanário falou com Teresa Godinho, Presidente da Associação de Paralisia Cerebral de Évora e foi conhecer a realidade desta Associação.
Teresa Godinho começou por nos referir “que a Associação funciona desde os anos 90 , de início com um núcleo mas mas tarde passou a ser uma instituição com autonomia, como uma IPSS.”
A operar no território do Distrito de Évora, a Associação, conforme nos refere Teresa Godinho “ não se esgota por aqui uma vez que poderão atender pessoas de outras zonas do Alentejo, nomeadamente de Portalegre porque aí não há nenhum serviço específico para a Paralisia Cerebral.”
O Objetivo da Associação é ajudar todas as pessoas com paralisia cerebral ou outras pessoas com problemas neurológicos. Segundo adianta a Presidente ”a Associação tem várias respostas sociais e acompanha um total de cerca de 230 utentes que são acompanhados” esclarecendo que esta Associação “trabalha com os utentes nos seus contextos, ou seja, vai onde eles estão e trabalha também com as respetivas famílias, dotando-as de competências para lidarem no dia a dia com estas pessoas portadoras de paralisia cerebral.”
Teresa Godinho realça a importância das famílias em todo este processo uma vez que, como refere “são elas que todos os dias têm que lidar com estas pessoas e têm que estar capacitadas para lidar com elas” uma tarefa nem sempre fácil para a Associação porque “as famílias têm expetativas diferentes umas das outras, com contextos também diferentes, onde cada caso é sempre um caso.”
A Associação dispões ainda de uma creche, com 15 crianças e duas salas de Jardim de Infância, com 35 crianças, que funcionam para toda a gente , ainda que sejam dois serviços considerados inclusivos.
Questionada sobre as maiores dificuldades da Associação, Teresa Godinho refere-nos “nós temos vários problemas que são transversais às IPSS” acrescentando “a procura de ajuda é cada vez maior assim como para os pedidos de ajuda para crianças”.
A Associação de Paralisia Cerebral de Évora vive essencialmente dos apoios do Estado mas, como refere Teresa Godinho “fazemos mais próximo das populações aquilo que o estado não consegue fazer mas temos menos meios” sublinhando que “os protocolos que temos não cobrem as despesas que a Associação tem, o que representa um problema e nos obriga a reinventar na procura de recursos”.
Apesar das dificuldades, Teresa Godinho tem no final de cada dia uma certeza “os meus técnicos fizeram o melhor que puderam e que souberam e que a Associação procedeu da melhor forma “ acrescentando ainda “apesar de todos os máximos que nós façamos são sempre insuficientes para as pessoas, o que nos deixa a sensação de que muito ficou por fazer.”
O Dia Nacional da Paralisia Cerebral assinala-se a 20 de outubro e a Associação tem á preparado um programa de atividades para assinalar a data, entos que passam por conversas de fim de tarde, manhãs desportivas ou Matinés Culturais.
Consulte o Programa AQUI:
ficheiros/docs/DiaNacionaldaParalisiaCerebral2022-programa(1).pdf
03 Jun. 2023 Regional
03 Jun. 2023 Regional
03 Jun. 2023 Regional
03 Jun. 2023 Regional
03 Jun. 2023 Regional
03 Jun. 2023 Regional
03 Jun. 2023 Regional
03 Jun. 2023 Regional
03 Jun. 2023 Regional
03 Jun. 2023 Regional