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Quinta-feira, Março 28, 2024

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“Deixo uma palavra de ânimo aos pequenos empresários que tiveram de fechar, vamos ter de fazer um grande esforço para reerguer o Alentejo” diz Ceia da Silva (c/som)

Em declarações à RC António Ceia da Silva, Presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, fala do impacto que este setor tem sentido com o surto de COVID-19.

“É um problema que afetou o país quer do ponto de vista sanitário, quer do ponto de vista económico e o turismo é a primeira atividade a sofrer por esse tipo de situação. A nossa expetativa era que Portugal não fosse tão atingido neste processo e que houvessm mais turistas portugueses a fazer turismo e isso pudesse, indiretamente, atenuar a falta de turistas internacionais, mas o certo é que não se verifica”, afirma.

Ceia da Silva deixa palavras de “ânimo e agradecimento a todos aqueles pequenos e micro empresários, também aos grandes, mas neste momento é àqueles micro empresários que têm o seu café, a sua pastelaria, a sua pequena tasca e que viram os seus estabelecimentos encerrados e que há mais de 15 dias que não vêm entrar um cêntimo nas suas contas e mas mantêm as suas despesas”.

Apesar dos apoios que o Governo dá a estas empresas, o Presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo considera que “são os possíveis, mas não os necessários. Apesar de todas as medidas tomadas no sentido de linhas de crédito, do lay-off, do pagamento apenas de parte dos salários, nunca são as medidas que os empresários precisam, porque não têm um mínimo de rendimento neste momento”.

O Presidente pede para que haja esperança de que a situação irá passar rapidamente e que em breve se irá “reerguer o nosso Alentejo e fazer desta a melhor região do país e uma das melhores do mundo. Não será fácil, muitos terão tendência a desistir, o que eu quero é de facto dar-lhes essa palavra de ânimo e que o Alentejo virá em força depois deste problema”.

Esta é uma situação que afeta o setor do turismo em todo o mundo e na qual se está “perante a maior crise de sempre de quebras turísticas”, segundo os dados da Organização Mundial de Turismo.

“Os dados internacionais indicam que a recuperação dos consumidores vai demorar cerca de dois anos. Isso não quer dizer que não tenhamos aumentos significativos da procura quando o surto estiver mais controlado ou quase terminado, embora a vacina seja aqui decisiva. Mas depois disso, a nível mundial e do ponto de vista técnico, é expectável que para voltar a recuperar a confiança dos consumidores sejam necessários dois anos e aí vamos ter de fazer um grande esforço promocional e de entrega, como sempre fizemos, para tornar o Alentejo uma região segura que as pessoas acreditam e que podem visitar”, refere esperançado.

António Ceia da Silva pede calma a todos perante esta situação imprevisível, “temos de estar atentos e disponíveis para trabalhar e todos em conjunto vamos levar isto para a frente. O conselho que devemos dar às pessoas, para que não haja mais repercussões, é estarmos o mais parados possível, recolhidos em casa e fora do convívio social” para que assim se possa voltar mais rapidamente à normalidade.

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