Numa intervenção no Parlamento, Sónia Ramos, deputada do PSD por Évora, interpelou o ministro das Infraestruturas e Habitação sobre a minimização dos impactos ambientais causados pela construção da linha ferroviária Sines-Évora-Caia.
Conforme nota d eimporensa enviada à nossa redação, a deputada quis saber ainda se esta “linha vai, afinal, ter um terminal de mercadorias no distrito de Évora”, assim como se a “linha de passageiros de alta velocidade Lisboa-Madrid, com paragem em Évora”, irá avançar.
“O projeto da variante Évora/Évora Norte, integrado no corredor internacional sul, apresenta claros benefícios para a economia nacional e alentejana, ao criar uma ligação direta com a fronteira de Espanha, reforçando a ligação ferroviária ao Porto de Sines, como porta da Europa. Contudo, vamos literalmente ficar a ver o comboio passar, imprimindo no território todas as externalidades negativas, mas sem nenhum ganho ou favorecimento, porque não está previsto um terminal de mercadorias no distrito, para servir a atividade económica da região”, perguntou.
Recorde-se que através da resolução n.º 83/2004, de 26 de junho, o então Governo aprovou a rede ferroviária de alta velocidade Lisboa-Madrid com estação intermédia em Évora e na fronteira luso-espanhola Elvas- Badajoz, para tráfego de mercadorias.
Segundo Sónia Ramos, a escolha do chamado “Corredor 2, para o traçado da linha, criticados por todas as forças vivas da comunidade e cidadãos, não afastou suficientemente a travessia do perímetro urbano de Évora. Teremos dezenas de comboios diariamente a esventrar núcleos habitacionais densamente povoados”.
Por outro lado, foi definido no Título Único Ambiental (TUA) um vasto conjunto de medidas e de ações de minimização de impactes que as infraestruturas de Portugal terão de acautelar e cumprir. Da informação tornada pública, o projeto da linha ferroviária não contempla um terminal ferroviário em nenhum dos 14 concelhos do distrito de Évora, sendo que recentemente o estudo de viabilidade económica da iniciativa de sete municípios da zona dos mármores e da IP, veio demonstrar a viabilidade económica e técnica de uma estação técnica de carga e descarga no troço Alandroal/ Vila Viçosa.