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Quarta-feira, Abril 24, 2024

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Desertificação do Alentejo preocupa a Comissão Nacional Justiça e Paz

Rosário Silva/RR

Segundo a rádio renascença, o despovoamento e migração no Alentejo preocupam a Comissão Nacional Justiça e Paz que fez o enquadramento da situação a nível socioeconómico, educacional, infraestrutural, político e religioso, no passado e na atualidade do Alentejo, para identificar as razões desta desertificação.

A Comissão Justiça e Paz da arquidiocese de Évora pediu que haja criatividade para serem criadas formas de inverter o status quo da atualidade no que diz respeito à desertificação humana, propondo desta forma, o acolhimento dos migrantes que escolhem o Alentejo para trabalhar e viver.

Em relação a qualidade de vida, considera-se que existiu uma melhoria, verificada nas últimas décadas na região, e mesmo com todas as transformações que existiram no território, a comissão arquidiocesana observa que será bastante difícil a população voltará do litoral para o Alentejo, situação que lança um desafio de atrair novamente cidadãos para esta região aos diferentes decisores de organismos/instituições do Estado.

No acolhimento destes migrantes que escolhem o Alentejo para viver, a igreja é um parceiro privilegiado, pode ler-se no documento direcionado para a temática da migração, através de um acompanhamento próximo da realidade laboral e social, atentos aos seus rituais e formas de vida, pois infelizmente muitas vezes suspeita-se de tráfico humano ou exploração das mesmas, a igreja com a sua influência local pode ajudar numa melhor integração e projeção da visibilidade da sua realidade.

Apesar do departamento de Ação Socio-caritativa da diocese já fazer este trabalho, a Comissão da Justiça e Paz considera fundamental a continuação da desmistificação de alguns tabus relacionados com outras religiões, a aprendizagem da língua portuguesa, o apoio escolar e sanitário e dar a conhecer os nossos costumes aos migrantes, pois podem ser uma ajuda na sua integração e ajudar na sua retenção no Alentejo.

O Alentejo é um dos maiores recetores da migração, quer ao nível sazonal, quer a título permanente, sobretudo para trabalhos agrícolas.

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