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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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“Devemos consciencializar os jovens da importância do 25 de abril, para que assegurem um futuro em liberdade” diz Pres. de V. Viçosa (c/som)

Já sem a obrigatoriedade de utilização de máscaras, o Município de Vila Viçosa celebrou hoje os 48 anos do 25 de abril com uma Sessão Comemorativa, onde a Rádio Campanário esteve presente e falou com Inácio Esperança, Presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa.

Durante o seu discurso o Autarca mencionou três itens, aos quais deu o nome de três d’s e sublinhou que destes três, dois estão cumpridos, a Rádio Campanário questionou acerca do que falta cumprir para que abril seja mesmo abril, ao que o autarca respondeu “O desenvolvimento económico e social, falta que não existam pessoas com carência económica, sem habitação, idosos que não tenham o final dos seus dias com dignidade, que não existam crianças com fome e com dificuldades ou sem acesso à educação, acho que esse desenvolvimento e essa atividade social e económica ainda falta cumprir.” Mas sublinhou “Obviamente que isto é um percurso, as autarquias têm um a dizer nesse papel e eu acho que com a descentralização de competências que aí está temos mais instrumentos para fazer melhor, vamos ver se conseguimos, estamos empenhados, mas não é apenas um trabalho daqueles que ganharam as eleições, é um trabalho de todos os eleitos, porque ela é transversal a todos os órgãos e necessita obviamente de um forte apoio, de um forte impulso de todas as bancadas.

Questionamos também acerca da organização do programa de comemorações, juntamente com associações e instituições do concelho, e tendo em conta que grande parte do associativismo é composto por uma camada mais jovem, e se no seu ponto de vista estas gerações mais novas percebem a responsabilidade do que é viver em Liberdade e da importância desta mesma conquista, ao que o Presidente da Câmara municipal de Vila Viçosa respondeu “Sim, eu penso que os mais jovens, embora não tenham vivido o 25 de abril, reconhecem os inegáveis valores da liberdade e do desenvolvimento económico e social, aliás, viveram sempre em condições muito favoráveis, relativamente ao que viveram os seus avós, e nem sequer lhes passa pela cabeça, nem a nós, que possamos andar para trás em muitos níveis, mas a consciencialização que deve ser feita por eles, que estão empenhados nisso, e prova é que todas as associações desenvolveram atividades.

Relembrando de seguida que “A nossa tarefa é consciencializar que a democracia que apesar de estar cumprida não é um dado adquirido, e isso é que é preciso dizer aos jovens, e penso que esta guerra, que infelizmente aconteceu, dá-nos que pensar, pois nenhum estado, seja de paz, de desenvolvimento ou democracia é um estado adquirido e a qualquer momento as coisas podem andar para trás” e frisou a ideia de que “junto dos jovens devemos consciencializa-los disso e dar-lhes cultura para que eles possam nunca ter este tipo de comportamentos, num futuro enquanto dirigentes, políticos e cidadãos, e que não deixem que as coisas possam andar para trás, como andam por exemplo agora na Ucrânia, e que podem andar em qualquer momento a democracia e a liberdade, pois são dados atingidos, mas não são adquiridos, porque não há nada eterno, e essa consciencialização é feita com cultura, com informação e com abertura de horizontes, para que no fundo eles possam manter e regar esta flor que é a democracia e que é o desenvolvimento que queremos”.

Ainda sobre estas celebrações, as diversas atividades e da vontade que existe em celebrar a liberdade em liberdade o autarca de Vila Viçosa comentou “Sim, de facto a pandemia veio nos mostrar que também a saúde não é um dado adquirido, e de qualquer forma este debelar da pandemia e o fim de muitas das restrições, embora ainda existam algumas como é lógico, veio dar às pessoas a possibilidade de participar, e eu penso que sim, que têm participado, apesar de muitos ainda terem receio da pandemia, em especial os mais idosos e os mais debilitados, mas eu penso que têm participado e que têm gostado, e agora temos de continuar, sendo este o primeiro ano após pandemia e se Deus quiser muitos anos virão sem pandemia e as pessoas a pouco e pouco vão retomando as atividades culturais sociais, que são extremamente importantes, porque sem o contacto social e sem algumas atividades culturais isto torna-se um bocadinho mais penoso” e sublinhou que “é mais fácil viver com este desenvolvimento cultural e com relacionamento social do que isoladamente e sem atividades culturais”.

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