Comemora-se hoje o Dia Mundial do Idoso.
Aqueles que trazem consigo uma experiência infinita e vivências que facilmente se transformam em sabedoria para as gerações mais novas.
Este dia, instituído em 1991 pela ONU – Organização das Nações Unidas, tem como missão sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de proteger e cuidar a população mais idosa, muitas vezes esquecidos pela sociedade e pela família.
O relógio da vida seguiu o seu curso normal e a cada dia, vivem o peso da idade.
No fundo dos seus olhos, cercados de rugas, há amor e ternura. Nas suas mãos trémulas, há sempre um gesto que acaricia e que acalenta.
Sabem que um dia vão partir. É o percurso natural da vida. Absolutamente indefesos, ficam muitas vezes submetidos aos cuidados de outros.
Os idosos já viveram muito! E nunca, no seu imaginário, pensaram viver os dias de hoje da forma como se apresentam.
Privados do contacto com os seus familiares, enfrentam um adversário perigoso para a sua idade. Vão resistindo como podem. Lutam com todas as suas forças para preservarem a sua integridade física, lutam com todas as suas fraquezas emocionais para suportarem a saudade e a distância dos que mais amam.
De um dia para o outro, a vida ficou a preto e branco.
A idade permitiu-lhes viver tudo… até uma Pandemia! Dias difíceis que assombram o mundo e o nosso país.
Vivem o hoje com a incerteza do amanhã. Reinventam-se na forma de dizerem “ainda estamos cá” porque a necessidade assim o exige. Utilizam as novas tecnologias para comunicarem, sorriem por entre janelas e portas que fazem de barreira, fazem-se ouvir telefonicamente para saberem como estão todos no seu seio familiar.
Mas nada disto tem o mesmo sabor! Falta o abraço, o calor humano, a emoção do reencontro! Falta o olhar e o toque. Falta o que lhes continua a dar alento para continuarem em frente.
Este é a realidade que espelha o dia a dia de milhares de idosos espalhados por Portugal. Todos diferentes mas numa luta comum!
Cada um tem o seu género, as suas características, a sua história de vida, a sua idade….mas todos, em geral, têm sobretudo a idade do seu coração, da sua experiência, do seu amor e da sua fé, em dias melhores.
