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Direção-Geral considerou que Igreja de Reguengos de Monsaraz “não tinha valor para uma classificação nacional”, diz diretora regional (c/som)

O processo de classificação da Igreja de Santo António, em Reguengos de Monsaraz (Évora) como Monumento de Interesse Público, foi arquivado pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

A decisão foi tomada segundo parecer da Secção do Património Arquitectónico e Arqueológico (SPAA) do Conselho Nacional de Cultura (CNC), que considerou “que não tinha valor para ter uma classificação nacional”, explica à Campanário Ana Paula Amendoeira, diretora regional da cultura do Alentejo.

Neste sentido, “a votação foi maioritariamente contra” e o processo arquivado.

A Direção Regional de Cultura do Alentejo tinha conferido parecer positivo, considerando a representatividade desta “do património arquitetónico religioso do fim do século XIX”.

Entre outros fatores positivos, foi ainda considerado o facto de surgir como uma das primeiras igrejas “a ter as alterações relativas ao Concílio do Vaticano II”.

Não tendo o Conselho Nacional de Cultura considerado que o monumento tivesse “valor nacional arquitetónico patrimonial”, a dirigente aponta que, devido à concordata, o monumento também não poderá ser classificado como de Interesse Municipal.

Recorde-se que a proposta de classificação da Igreja Matriz foi apresentada em 2015 por Manuel Dias Marques, Pároco da freguesia de Reguengos de Monsaraz.

O projeto da igreja é da autoria do arquiteto José Dias da Silva e data de 1887. O arquiteto terá abandonado a obra, o que resultou em várias alterações ao projeto inicial “apresentando atualmente patologias pelo uso de materiais de pouca qualidade”, resultante também da escassez de recursos económicos.

Segundo a Parecer com vista à abertura da classificação, o autor considera que as alterações feitas ao longo dos anos, ao edifício de inspiração neogótica, “causam as principais patologias que atualmente se observam no imóvel”, como “rebocos muito desgastados, fissuras nos elementos de granito localizadas nas extremidades dos pináculos […] e nas portadas”, e “infiltrações de água nas paredes e abóbadas”.

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