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Direção-Geral de Alimentação e Veterinária irá em 2018 analisar as águas de alguns concelhos alentejanos para detetar presença de pesticidas

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) anunciou agora os Municípios portugueses onde irá realizar uma fiscalização e análise de águas em 2018, tendo como objetivo proteger a saúde humana dos efeitos nocivos resultantes de contaminação da água para consumo humano e assegurar a disponibilização, tendencialmente universal de água salubre, limpa e, desejavelmente, equilibrada na sua composição.

Nesta fiscalização que esta entidade irá realizar, as entidades gestoras de sistemas de abastecimento público devem disponibilizar água devidamente controlada, em qualidade e, também, água em quantidade que satisfaça as necessidades básicas da população na sua área geográfica de influência.

Nesta ação, a DGAV irá “fixar, até 31 de julho de cada ano, os pesticidas a serem controlados no ano seguinte e os períodos mais adequados para a sua pesquisa pelas entidades gestoras, devendo o procedimento para tal ser realizado em articulação com as administrações das regiões hidrográficas (abreviadamente, designadas por ARH), as Direções Regionais de Agricultura e Pescas e com a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), enquanto autoridade competente para a qualidade água destinada ao consumo humano. “

Segundo o documento agora publicado, “a seleção de pesticidas a pesquisar nas águas destinadas a consumo humano depende da sua presença possível ou provável nas águas utilizadas para a produção de água potável e é estabelecida tendo em conta critérios de risco associados à utilização (quantitativos utilizados) do pesticida em particular, mas também, e mais importante, as suas propriedades físicas e químicas, que são determinantes para a previsão do seu destino e comportamento nos diversos compartimentos ambientais, em particular, solo e águas superficiais e subterrâneas.

Face à recente discussão pública associada aos produtos fitofarmacêuticos contendo glifosato e, pese embora este pesticida não preencha a totalidade de critérios estabelecidos para a seleção de pesticidas a pesquisar em águas destinadas a consumo humano, nomeadamente no que diz respeito ao seu destino e comportamento no solo e ao seu potencial de mobilidade, recomenda-se a sua pesquisa, pelo menos uma vez por ano e no âmbito dos programas de controlo operacional, na água bruta provenientes de cada origem de água superficial destinada à produção de água para consumo humano. Nos casos em que o glifosato seja detetado e quantificado acima de 0,10 µg/l deve ser repetida a pesquisa do glifosato na água bruta e na água tratada, em amostras colhidas após 3 meses desde a primeira pesquisa. Estes resultados devem ser comunicados à ERSAR e, ainda, para a morada eletrónica.

Assim, no Alentejo serão os seguintes Municípios que irão estar na “mira” da DGAV em 2018:

4. DIREÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO ALENTEJO

4.1 – Alto Alentejo Concelhos: Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavião, Marvão, Monforte, Nisa, Ponte de Sôr, Portalegre e Sousel

– Substâncias ativas: ometoato , terbutilazina e desetilterbutilazina e MCPA

– Nota: em zonas de regadio pesquisar também alacloro e bentazona.

 

4.2. –Alentejo Central Concelhos: Alandroal, Arraiolos, Borba, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Mora, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas, Viana do Alentejo e Vila Viçosa

– Substâncias ativas clorpirifos, ometoato, , terbutilazina e desetilterbutilazina, MCPA

– Nota: em zonas de regadio pesquisar também clortolurão e alacloro

 

4.3 – Baixo Alentejo Concelhos: Aljustrel, Alvito, Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo, Moura, Mourão, Ourique, Serpa e Vidigueira

– Substâncias ativas: clorpirifos, clortolurão, MCPA e ometoato

Concelhos: Almodôvar, Barrancos, Castro Verde e Mértola

– Substâncias ativas: clorpirifos e ometoato, MCPA

– Nota: em zonas de regadio (Baixo Alentejo) pesquisar também clortolurão, alacloro, terbutilazina e desetilterbutilazina

 

4.4 – Alentejo Litoral Concelhos: Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines

– Substâncias ativas: alacloro, bentazona, diurão, MCPA, terbutilazina e desetilterbutilazina

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