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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Distritos de Beja e Évora registaram, em maio, os preços mais altos para comprar combustível ou gás engarrafado

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) refere no seu boletim mensal dos comentíveis e GPL que, em maio, o preço de venda ao público (PVP) médio da gasolina simples 95 diminuiu para 2,000 euros por litro, face aos 2,020 euros de abril, “contrariando o comportamento do preço do barril de petróleo no mercado internacional”. Um dado curioso avançado neste boletim é que os distritos de Beja e de Évora registaram, neste período, os valores mais elevados para a compra de gasóleo e gasolina e gás engarrafado (butano e propano), respetivamente.

Segundo o regulador, o mecanismo de revisão semanal do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos) implementado pelo Governo para fazer face à subida do preço dos combustíveis traduziu-se, em maio face a abril, num decréscimo de 16,3 cêntimos por litro (cent/l) do ISP aplicado à gasolina.

A componente do PVP de maior expressão corresponde à cotação e frete, que representou em maio aproximadamente 46,2% do total da fatura da gasolina, seguindo-se os impostos (43,2%)”, refere.

Segundo acrescenta, “observou-se, assim, uma inversão das componentes de impostos e de cotação+frete na composição do PVP da gasolina, decorrente da aplicação do mecanismo de revisão semanal do ISP”.

Já os custos de operação e margem de comercialização, a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas representam, em conjunto, cerca de 10,6% do PVP médio da gasolina simples 95.

No que diz respeito ao gasóleo simples, em maio o PVP recuou para 1,893 euros por litro (1,980 euros em abril), também “contrariando o comportamento do preço do barril de petróleo no mercado internacional”.

Na sequência da revisão semanal do imposto, o ISP aplicado ao gasóleo registou um decréscimo de 12,7 cêntimos/litro no mês de maio.

Também no gasóleo, “a maior fatia do PVP paga pelo consumidor corresponde à componente cotação e frete (48,5%), seguida do valor de impostos (36,9%)”.

À semelhança do que ocorreu na gasolina, observou-se uma inversão das componentes de impostos e de cotação+frete na composição do PVP do gasóleo, decorrente da aplicação do mecanismo de revisão semanal do ISP”, nota a ERSE.

Por sua vez, “os custos de operação e margem de comercialização, a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas, representam, em conjunto, cerca de 14,5% do PVP médio do gasóleo simples”.

Os hipermercados continuaram em maio a apresentar “as ofertas mais competitivas” nos combustíveis rodoviários, seguidos pelos operadores do segmento ‘low cost’.

No caso do gasolina, os hipermercados apresentaram preços “1,2% abaixo dos operadores do segmento ‘low cost’ [1,905 euros/litro contra 1,929 euros/litro] e 5,7% inferiores aos dos postos de abastecimento que operam sob a insígnia de uma companhia petrolífera [2,021 euros/litro]”.

Já no gasóleo, os hipermercados apresentaram preços médios de cerca de 8,9 cent/l abaixo do PVP médio nacional, enquanto os operadores ‘low cost’ disponibilizaram gasóleo simples a um preço médio de 1,811 €/l, o que representa um adicional de 0,4% face ao preço dos hipermercados.

Quanto às companhias petrolíferas de bandeira, reportaram preços médios do gasóleo de 1,914 €/l, cerca de 2,1 cent/l acima do preço médio nacional.

No que se refere ao GPL auto, o preço médio de venda ao público caiu 3,7% em maio face a abril, para 1,026 euros por litro, “acompanhando o comportamento verificado nos mercados internacionais”.

A maior fatia do PVP paga pelo consumidor corresponde à componente de cotação e frete (42,4%), seguida do valor dos impostos (34,6%) e dos custos de operação e margem de comercialização (22,0%)”, precisa a ERSE.

De acordo com o regulador, em maio o preço médio de venda ao público nas garrafas mais comercializadas (G26) de gás propano e butano sofreu uma variação de 2,2% e de 1,5%, respetivamente.

Numa análise da variação geográfica de preços a nível nacional, a ERSE conclui que “os distritos de Castelo Branco e Braga registaram os preços de gasóleo e gasolina mais baixos em Portugal continental”, enquanto “Bragança, Beja e Faro apresentaram os preços mais altos”.

Já Braga, Vila Real e Viana do Castelo registaram, para Portugal Continental, a garrafa de GPL (butano e propano) com o menor custo e Leiria, Évora, Setúbal e Beja apresentam os preços mais elevados.

No que se refere ao consumo global de combustíveis derivados do petróleo (considerando a gasolina, o gasóleo, o ‘jet’ e o GPL), “aumentou significativamente face a abril”, na ordem das 150,1 kton (quilotoneladas), o que representa um acréscimo de 26,9% (para um total de 707,0 kton).

No gasóleo o aumento foi de 36,1%, na gasolina de 28,5%, no ‘jet’ de 7,7 % e no GPL de 4,7%.

Em termos homólogos (face a maio de 2021), o consumo de combustíveis foi 31,1% superior (167,6 kton), com “um aumento muito significativo” nos consumos de ‘jet’ (+1050,7%), enquanto a gasolina, o gasóleo e o GPL registaram subidas na ordem dos 49,8%, 31,7% e 2,1%, respetivamente.

Já comparando o consumo de maio de 2022 com o do mesmo mês (pré-pandémico) de 2019, verifica-se que foi inferior, observando-se uma diminuição no consumo de GPL (-17,6%), de jet (-7,3%) e de gasolina (-1,9%). Em contraciclo, o consumo de gasóleo foi superior (+3,2%).

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