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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Do inquérito ao Centro Distrital da Segurança Social de Évora resultou “uma mão cheia de nada”, diz pres. do Instituto da S.S. (c/vídeo)

Em maio do presente ano, uma reportagem da TVI denunciou que o diretor do centro distrital da Segurança Social de Évora, José Ramalho, organizou festas para os funcionários em horário de expediente. Nesse seguimento, o ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, mandou instaurar um processo de avaliação, ficando o Instituto da Segurança Social encarregue de averiguar o caso.

Questionado sobre o assunto pelo deputado do CDS-PP Filipe Anacoreta Correia em audição na Comissão de Trabalho e Segurança Social, Rui Fiolhais, presidente do Instituto da Segurança Social, declara que “a situação de Évora é uma mão cheia de nada”.

O dirigente critica a forma “sensacionalista, mediática, muito preocupada com a ideia de causar uma impressão na opinião pública” com que têm sido abordados “assuntos relacionado com a esfera da gestão pública”, contribuindo para “demolir gradualmente os alicerces do Estado de Direito”.

“Não há nenhuma organização que possa gerir os seus trabalhadores de chicote na mão e num quadro de silêncio”
Rui Fiolhais

A averiguação interna já foi feita, “e a única coisa que há é aquilo que acontece em qualquer organização do século XXI”, aponta, defendendo que a “forma de organização e gestão de recursos humanos de Évora” permite que seja o centro distrital com a maior evolução positiva “do ponto de vista dos seus resultados de gestão”.

As conferências realizadas pelo Centro Distrital de Évora e que são alvo do processo, “poder-se-á discutir se foram feitas na hora certa ou na hora incerta, mas […] contribuíram objetivamente para que os níveis de sentimento de pertença da filiação e os resultados de produtividade daquele centro distrital sejam invejáveis”.

“É misturar verdade com menos verdade, fazer um cocktail e servir”
Rui Fiolhais

O presidente do Instituto da Segurança Social afirma saber “exatamente onde estavam e a que horas estavam” os funcionários do centro, apontando que “é apresentado como verdade universal que as pessoas estavam na hora de serviço”, podendo não corresponder à realidade. Reconhece que numa ocasião, estes “saíram um bocadinho mais cedo” para viajarem até Setúbal, onde por volta das 18h30 participaram de uma “situação humanitária num hospital”.

“Em que é nos tornámos de repente? No que é que nos tornámos do ponto de vista civilizacional?” questiona, defendendo que “fazermos disto um furacão e termos posições públicas musculadas relativamente a esta matéria é valorizar excessivamente”.

Rui Fiolhais declara que “há uma averiguação que está concluída e que será apresentada à tutela”, e que “é com consciência tranquila” que diz “que em Évora não se passou nada que possa chocar”, podendo haver contudo, “um aspeto ou outro que possa ser censurável”, admite.

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